Sabesp é uma empresa de economia mista cujo principal acionista é o governo do Estado de São Paulo
Por: Miguel do Rosário
Não é justo culpar São Pedro.
Todo mundo sabe, ou deveria saber, o que aconteceu com a Sabesp nos últimos tempos.
A estatal que cuida da água no estado mais rico foi saqueada pelos tucanos desde que entraram no
governo. Era usada para comprar a mídia, por exemplo. A empresa anunciava em canais de TV do
Brasil inteiro, embora apenas oferecesse serviços em São Paulo.
Era usada para fazer doações para amigos, como ocorreu em 2006, quando doou meio milhão de reais
Era usada para fazer doações para amigos, como ocorreu em 2006, quando doou meio milhão de reais
para o Instituto Fernando Henrique Cardoso.
Era usada para distribuição de dividendos aos acionistas, muitos deles em Nova York.
Só não era usada para uma coisa: fazer os investimentos necessários em infra-estrutura hídrica, sobretudo interligando o sistema de distribuição de água do estado de São Paulo.
Os tucanos passaram tantos anos falando em “choque de gestão” e “competência”, e agora o Brasil
Era usada para distribuição de dividendos aos acionistas, muitos deles em Nova York.
Só não era usada para uma coisa: fazer os investimentos necessários em infra-estrutura hídrica, sobretudo interligando o sistema de distribuição de água do estado de São Paulo.
Os tucanos passaram tantos anos falando em “choque de gestão” e “competência”, e agora o Brasil
inteiro irá sofrer as consequências de um choque sim, mas de incompetência absoluta, porque a
interrupção em indústrias e campos agrícolas no estado, por falta de água, refletir-se-á na economia
nacional como um todo.
SABESP DEU R$ 500 MIL PARA PROJETO DE INSTITUTO DE FHC
O Instituto Fernando Henrique Cardoso, entidade não-governamental criada pelo ex-presidente da
SABESP DEU R$ 500 MIL PARA PROJETO DE INSTITUTO DE FHC
O Instituto Fernando Henrique Cardoso, entidade não-governamental criada pelo ex-presidente da
República, recebeu no ano passado doação de R$ 500 mil da Sabesp (Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo), administrada por indicados pelo PSDB.
A ONG do ex-presidente captou por meio da Lei Rouanet, de incentivo a cultura, cerca de R$ 2
A ONG do ex-presidente captou por meio da Lei Rouanet, de incentivo a cultura, cerca de R$ 2
milhões de doadores diversos, entre os quais a Sabesp, para um projeto de preservação do acervo de
FHC -documentos, fotografias e objetos. Em nota, o instituto negou haver irregularidades na doação.
A Sabesp é uma empresa de economia mista cujo principal acionista é o governo do Estado de São
A Sabesp é uma empresa de economia mista cujo principal acionista é o governo do Estado de São
Paulo. A doação feita pela empresa foi revelada por reportagem publicada ontem no site “Terra
Magazine”. De acordo com o texto, os recursos serão abatidos do Imposto de Renda por meio da Lei
Rouanet.
A nota divulgada ontem pelo instituto FHC explica que as doações, fruto de um projeto aprovado pelo
A nota divulgada ontem pelo instituto FHC explica que as doações, fruto de um projeto aprovado pelo
Ministério da Cultura, se destinam à digitalização do arquivo do instituto, que poderá ser acessado pela
internet.
“Além das atividades acima referidas [digitalização], ele [o projeto] prevê a realização de exposições,
“Além das atividades acima referidas [digitalização], ele [o projeto] prevê a realização de exposições,
seminários e palestras dirigidos a um amplo público de estudantes e professores.”
A nota prossegue ressaltando a legalidade da doação da Sabesp. “O iFHC manteve-se no estrito
A nota prossegue ressaltando a legalidade da doação da Sabesp. “O iFHC manteve-se no estrito
cumprimento das determinações legais, seja em relação à Lei Rouanet, que permite a doação de
empresas públicas, seja da Lei 4.344, que faculta a qualquer entidade ou pessoa física mantenedora de
acervos documentais privados de presidentes da República “buscar apoio financeiro e técnico do poder
público para projetos de fins educativos, científicos e culturais”.”
A Folha não conseguiu falar ontem com a Sabesp.
A Folha não conseguiu falar ontem com a Sabesp.
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