Situação da presidente da Petrobras "não é fácil",
admite Dilma a jornalistas, durante café da manhã no Palácio do
Planalto, mas entrega de cargo "não é necessária"; "Acho que criou-se um
clima sem apontar sequer uma falha dela. Mas só porque o clima está
muito difícil para ela eu preciso tirá-la? Eu penalizo ela por algo que
não é responsabilidade dela? A quem interessa tirar a Graça Foster? O
que tem por trás disso?", questionou a presidente; "Eu conheço a Graça,
sei da seriedade da Graça, da lisura da Graça", reforçou; Dilma Rousseff
disse que vai consultar o Ministério Público antes de anunciar novos
ministros.
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta
manhã a permanência de Graça Foster à frente da Petrobras, mesmo diante
das denúncias de corrupção contra a empresa. Durante café da manhã com
jornalistas no Palácio do Planalto, ela disse que, do seu ponto de
vista, "não é necessário" que ela coloque seu cargo à disposição. Graça
informou na semana passada ter colocado seu cargo à disposição de Dilma.
"Ela disse que, diante de toda essa exposição, se a Petrobras for
prejudicada de alguma forma – ou o governo – ela, então, coloca o cargo à
disposição sem o menor constrangimento. Eu falei para ela que, do meu
ponto de vista, isso não é necessário", afirmou a presidente nesta
segunda-feira 22. Dilma ressaltou que a situação da executiva "não é
fácil", mas que não pode penalizá-la sem que haja falhas contra ela.
"A situação dela não é uma situação fácil. Ela recebe todos os dias
uma pressão que poucas pessoas seguram – e ela segura, pelos
compromissos que ela tem com a Petrobras. Acho que criou-se um clima sem
apontar sequer uma falha dela. Mas só porque o clima está muito difícil
para ela eu preciso tirá-la? Eu penalizo ela por algo que não é
responsabilidade dela? A quem interessa tirar a Graça Foster? O que tem
por trás disso? ", questionou.
Dilma voltou a defender Graça das denúncias de irregularidades na
estatal. "Eu conheço a Graça, sei da seriedade da Graça, da lisura da
Graça. A Graça assumiu a direção da Petrobras e mudou toda a diretoria.
Abriu todas as investigações que estão em curso. Não tenho nenhuma
indicação de que falta credibilidade para a Graça Foster", afirmou.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a entrevista:
Dilma diz que vai consultar Ministério Público antes de anunciar novos ministros
Carolina Gonçalves – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (22) que
vai anunciar os novos ministros de seu governo até o próximo dia 29 e
antecipou que fará consultas ao Ministério Público (MP) antes de
decidir. "Eu consultarei o MP mais uma vez. Para qualquer pessoa que for
indicar, eu consultarei", afirmou
A sinalização esperada pelo governo é sobre nomes citados nas
delações premiadas de presos pela Operação Lava Jato, da Polícia
Federal, que investiga irregularidades em negócios da Petrobras. Durante
café da manhã com jornalistas, Dilma lembrou que tem pedido informações
ao órgão, mas completou: "Eu só quero que me diga sim ou não. Não quero
saber o que eles não podem me dizer".
Ainda em relação às denúncias envolvendo a estatal, ela informou que
vai anunciar, depois dos ministros empossados, o segundo escalão do
governo que envolve diretorias de bancos e instâncias consultivas, como o
Conselho de Administração da Petrobras.
"Até por consideração com o novo ministro. Sem ter nomeado o ministro
de Minas e Energia, como eu indico um conselho que é subordinado a
ele?", explicou. Dilma voltou a afirmar que não pretende trocar a
presidenta da Petrobras, Graça Foster, e manifestou confiança na atual
dirigente da estatal. "Tem que ter prova apresentada sobre qualquer
conduta da presidente. Eu conheço a Graça Foster, sei da sua seriedade e
lisura. É importante saber qual é a prova. Não vejo nenhum indício de
irregularidade na diretoria da Petrobras", acrescentou.
A presidenta defendeu que as investigações continuem, mas classificou
como "simplistas" as suspeitas de que Graça Foster sabia das
irregularidades por ocupar o maior cargo da empresa. A mesma expressão
foi usada para as críticas às indicações políticas de alguns cargos. "Eu
não vou demonizar indicações políticas. É de um simplismo grotesco. O
problema do Brasil não é se são políticos ou técnicos. Ninguém está
acima do bem e do mal", avaliou.
Dilma disse que foram "absurdos os volumes de dinheiro de alguns
funcionários. Acho que as pessoas que participam de irregularidades têm
que ser punidas", disse.
Fonte:247
Nenhum comentário:
Postar um comentário