(…) Em várias partes do mundo, vemos a mesma história envolvendo partidos que vieram da esquerda. |
Na
França, o governo do Partido Socialista tem o presidente mais impopular
da história da Quinta República a aplicar políticas sociais e
econômicas que deixam seus opositores conservadores vermelhos de inveja.
Na Alemanha, os sociais-democratas do SPD acostumaram-se a fazer parte do gabinete de Angela Merkel, sendo nada mais que um aliado meio incômodo com quem, no entanto, é possível governar.
Nos casos francês e alemão, tais partidos de esquerda são apenas
“conservadores com um rosto humano”, o que –há de se dizer as coisas às
claras– é também a situação no Brasil. Esta esquerda não existe mais
enquanto tal.
O problema é que nem sempre o que deixou de existir desaparece. Às
vezes, ele continua a vagar como zumbi, entre a vida e a morte, à
espreita de sangue novo para continuar seu vagar arrastado, melancólico.
Vagar de choques recessivos anunciados com olhares depressivos, de
“planos de austeridade” vindo do além-túmulo. Deste sangue novo
vampirizado, ela não fará nada, a não ser paralisar todo movimento
possível e transformar outros corpos em mortos-vivos que vagam junto ao
zumbi governamental alimentados pela ilusão narcísica de estarem perto
do poder. Sim, meus amigos, preparem-se para a esquerda zumbi.
Enquanto isto, em países que cansaram desse show de horrores, uma vida política reconstruída começa a aparecer.
Olhem para a Espanha do Podemos! e a Grécia do Syriza: dois partidos
de uma esquerda renovada que estão atualmente em primeiro lugar em todas
as pesquisas.
Pois o que há de pior quando se está diante de um tempo morto é acreditar que todos os tempos são iguais.
Via DCM
Via DCM
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