WASHINGTON (Reuters) - Os
Estados Unidos e Cuba estão tomando medidas para normalizar as relações
diplomáticas entre os dois países mais de 50 anos depois da ruptura, em
uma mudança dramática na política dos EUA que o presidente
norte-americano Barack Obama anunciará nesta quarta-feira.
Autoridades de primeiro escalão dos EUA, falando antes do anúncio de Obama, disseram que os Estados Unidos e Cuba vão tomar medidas para abrir embaixadas nas respectivas capitais. Obama e o presidente cubano, Raúl Castro, discutiram as mudanças em conversa telefônica na terça-feira que durou quase uma hora.
O Papa Francisco foi um dos intermediadores responsáveis pelo avanço das negociações |
Como parte de uma troca de prisioneiros sob a nova política, Cuba libertou o norte-americano Alan Gross em troca de três cubanos detidos nos EUA, disseram as autoridades. Cuba também está libertando um agente de inteligência norte-americano detido por quase 20 anos.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, vai revisar a designação dada a Cuba por Washington como um Estado que patrocina o terrorismo.
"Essas medidas serão as mudanças mais significativas em nossa política em relação a Cuba em mais de 50 anos", disse uma autoridade sênior do governo dos EUA a jornalistas. "O que estamos fazendo é iniciar a normalização das relações entre Estados Unidos e Cuba."
A autoridade disse que EUA e Cuba vão iniciar contatos de alto nível e visitas.
"Vamos iniciar imediatamente as discussões com Cuba para reestabelecer as relações diplomáticas que estão rompidas desde 1961", disse a autoridade.
Uma autoridade disse que a política está sendo alterada por conta de uma crença existente dentro do governo Obama de que o embargo norte-americano em relação a Cuba não está funcionando.
"Se existe alguma política externa americana que já passou da data de validade é a política em relação a Cuba", disse.
(Reportagem de Steve Holland e Roberta Rampton)
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