Deputado Miro Teixeira é sócio do advogado Eduardo Ferrão |
O deputado Miro Teixeira do PIG-RJ, ops... (PDT-RJ), em movimento combinado
com os holofotes da TV Globo retirou o foco da CPI que, talvez, já
voltasse as atenções em breve para a questão da parceria
Veja-Cachoeira, e fez estardalhaço com o "sigilo gastronômico" do dono
da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, ao preocupar-se mais com um
almoço em Paris do que com o sigilo bancário da empreiteira, já
quebrado.
Miro Teixeira ganhou capa no jornal "O Globo" e inserção no Jornal Nacional pela manobra na CPI para atrasar investigações sobre a parceria Veja-Cachoeira |
Já dissemos aqui que amizades de políticos com empreiteiros sempre é
coisa complicada, mas é insuficiente para dizer que um político é
corrupto. Todo político influente conhece empresários. Cabe ao político
impor limites a essas relações para não se submeter a interesses
escusos.
Aliás, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) também é amigo de Fernando Cavendish e, estranhamente, ninguém o cobra por isso.
Voltando ao deputado Miro Teixeira, ele chegou a insinuar que quem encontrou-se em Paris com Cavendish, seria da "tropa do cheque", fazendo alusão a parlamentares que poderiam estar comprados pelo empreiteiro.
O problema é que se for para fazer ilações, Miro Teixeira também pode despertar suspeitas.
Ele é sócio do escritório de advocacia de Eduardo Ferrão, famoso
advogado de Brasília que atua nos tribunais superiores e já defendeu
alguns políticos e empresários encalacrados com a Polícia Federal. Ferrão, inclusive, foi também um dos maiores doadores de campanha para
Miro. Somados com os outros advogados de seu escritório doou R$ 305 mil
em 2010.
Um colunista de fofocas políticas, há pouco tempo, chegou a dizer que Cavendish estava a procura de um famoso advogado de Brasília, e que a conta seria de R$ 18 milhões (parece ser fofoca, pois outras notícias falam que Cavendish contratou Técio Lins e Silva, do Rio).
É claro que Miro Teixeira dirá que tudo isso não passa de coincidência. Mas o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse a mesma coisa sobre seu encontro com Cavendish em Paris.
Aliás, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) também é amigo de Fernando Cavendish e, estranhamente, ninguém o cobra por isso.
Voltando ao deputado Miro Teixeira, ele chegou a insinuar que quem encontrou-se em Paris com Cavendish, seria da "tropa do cheque", fazendo alusão a parlamentares que poderiam estar comprados pelo empreiteiro.
O problema é que se for para fazer ilações, Miro Teixeira também pode despertar suspeitas.
Um colunista de fofocas políticas, há pouco tempo, chegou a dizer que Cavendish estava a procura de um famoso advogado de Brasília, e que a conta seria de R$ 18 milhões (parece ser fofoca, pois outras notícias falam que Cavendish contratou Técio Lins e Silva, do Rio).
É claro que Miro Teixeira dirá que tudo isso não passa de coincidência. Mas o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse a mesma coisa sobre seu encontro com Cavendish em Paris.
E será que o senador Ciro Nogueira também não poderia perguntar a Miro
se está acima de suspeitas um deputado que de dia faz papel de acusador,
paladino da ética, e de noite vir
a sócio de um escritório de advocacia
que faz a defesa de casos semelhantes aos que ele acusa?
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