O Pará vai criar o ICMS ecológico, como foi denominada a lei aprovada ontem na Assembleia Legislativa, enviada pelo Executivo estadual, que cria critérios ambientais para redistribuição do Imposto Sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) aos municípios que investirem em projetos de preservação ambiental.
Serão destinados 8%, dos 25% que os municípios recebem como cota-parte do imposto recolhido e distribuído pelo Estado às gestões municipais, para municípios que mantiverem unidades de conservação, parques ambientais, área de preservação ambiental e outros modelos semelhantes.
O projeto foi aprovado por unanimidade e aguarda agora a sanção do governador e publicação no Diário Oficial do Estado para entrar em vigor.Apesar de ser projeto do Executivo estadual, a matéria foi debatida apenas pela oposição, que inclusive recomendou a aprovação. “É preciso incentivar os municípios a preservar o meio ambiente.
Essa lei é necessária e urgente para que gestores municipais tenham condições de manter projetos sustentáveis e ecologicamente corretos”, ressaltou o líder do PV na AL, Gabriel Guerreiro.
Gabriel Guerreiro agachado ao lado do ativista e ambientalista Camilo Viana |
PT e Psol também orientaram suas bancadas a votarem unidas pela aprovação da matéria de interesse de todo o Estado, segundo os deputados da oposição.
Deputado Edmilson Rodrigues do PSOL paraense |
O projeto aprovado ontem já havia sido apresentado pela então deputada Maria do Carmo Martins (PT), atual prefeita de Santarém.
Prefeita Maria do Carmo Martins, com um velho e chameguento amigo. |
Na legislatura passada, foi apresentado
como projeto de indicação pelo deputado Airton Faleiro (PT) e aprovado,
mas não foi posto em prática pelo governo Ana Júlia Carepa (PT). Desta
vez, a matéria foi mandada para o Legislativo pelo governo Simão Jatene
(PSDB) com uma grande receptividade dos parlamentares, chegando a
receber aplausos da oposição.
Airton Faleiro |
“A lei exige que os municípios se organizem para gestão ambiental.
Neste período em que a conferência Rio + 20 está em plena discussão, o Pará dá uma demonstração de responsabilidade com o meio ambiente”, assegura Airton Faleiro.
A lei aprovada prevê que, a partir deste ano, a redistribuição do ICMS recolhido pela administração estadual destinará 2% para municípios com projetos ambientais que cumprirem os critérios exigidos. Em 2013, será estendido para 4%; em 2014, para 6%, atingindo 8% em 2015.
Art & ilustration: militanciaviva
Fonte: DOL
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