Palácio Antônio Lemos, sede da prefeitura de Belém do Pará |
A seis dias do prazo final para
definição de candidaturas às eleições deste ano, fervem os bastidores da
política, com muitas conversas, mas até agora o clima é de indefinição
em relação a alianças. Todos os grandes partidos decidiram ter
candidatura própria à prefeitura de Belém, o que fez aumentar a cotação
das legendas de porte médio.
O PV e o PC do B se tornaram as
noivas mais cobiçadas desta temporada pré-campanha. As duas legendas
lançaram pré-candidatos, mas têm mantido diálogo com todos os partidos
maiores e podem acabar compondo uma chapa ocupando a vaga de vice. O
assédio a esses partidos tem uma razão: eles podem contribuir para
ampliar o espaço dos candidatos na propaganda eleitoral de rádio e TV,
considerada decisiva para o pleito.
Praça do Relógio, Belém do Pará |
SEGUNDO TURNO
A maioria das legendas tem optado por voos solos, o que poderá levar, possivelmente, a eleição de Belém para o segundo turno, quando, aí sim, surgirão alianças envolvendo um número maior de legendas. Até agora, poucas coligações foram sacramentadas.
Alfredo Costa do PT |
O PT do pré-candidato
Alfredo Costa tem conversas avançadas com o PRB e PC do B. Dessas
legendas pode sair o candidato a vice na chapa petista. Os nomes mais
prováveis são o do pastor Raul Batista (PRB) e o de Jorge Panzera, do PC
do B.
Jorge Panzera do PCdoB |
Os comunistas conversam também com o PPS, de Arnaldo Jordy; com o
PSol, de Edmilson Rodrigues; e com o PMDB, de José Priante. Só não
negociam com o PSDB, de Zenaldo Coutinho, a quem fazem oposição. “Todo
mundo está em diálogo. As definições devem ficar mesmo para o dia 30”,
afirma Costa, referindo-se ao prazo final para que os partidos realizem
as convenções onde as candidaturas serão oficializadas.
CONVERSAS
Arnaldo Jordy, do PPS |
O PPS, de
Arnaldo Jordy, também está sem vice. “Estamos conversando”, diz o
pré-candidato, repetindo a resposta que tem sido quase um mantra dos
candidatos sempre que indagados sobre alianças. Entre as legendas com
quem o PPS pode coligar estão PSB, PTdoB, PC do B e PV - estes dois
últimos são os que têm negociado com todo mundo.
Zé Carlos Lima PV Pará |
presidente do
PV no Pará, José Carlos Lima, admite que a decisão definitiva será
tomada a partir de amanhã, após reunião com o presidente nacional da
legenda, deputado federal José Luiz Penna. “Temos várias alternativas e
estamos analisando. Conversamos com o PMDB, com o PPS e com o PSol”, diz
Lima, garantindo que o ponto central das negociações tem sido a adesão,
pelos possíveis aliados, ao programa dos verdes, que têm batido na
tecla de que é preciso trabalhar em Belém com o conceito de Ecópole da
Amazônia, em substituição ao título Metrópole.
Anivaldo Vale do PR |
A aliança mais
ampla foi firmada, até o momento, pelo pré-candidato do PR, Anivaldo
Vale, que terá apoio formal do PTB, do atual prefeito Duciomar Costa.
Vale já acertou também com o PDT e PRTB. Há informações de que teria
fechado também com o PRB, mas este ainda flerta com o PT, de Alfredo
Costa.
Convenções têm até dia 30 para apontar candidaturas
O PP manteve a decisão de lançar o radialista Jeferson Lima à prefeitura, mas também ainda não tem vice. A convenção será realizada na próxima quinta-feira. O presidente da legenda no Pará, Gerson Peres, diz que até lá a chapa deverá ser fechada.
Diário do Pará
Edmilson Rodrigues do PSOL |
ex-prefeito Edmilson Rodrigues foi autorizado pela direção do Psol a
conversar com seis legendas: PSTU, PCB, PCdoB, PV, PTdoB e PTN. Até o
fechamento da edição, contudo, nenhum acordo havia sido formalizado. “As
conversas estão bastante adiantadas. Temos até o dia 30 para chegar a
uma configuração final desse arco de alianças, mas já podemos garantir
que o Psol vai para a campanha com vários partidos aliados”, afirma a
presidente municipal da legenda, Araceli Lemos. Ela confirma que o
candidato a vice sairá de um dos partidos aliados.
Zenaldo Coutinho, do PSDB |
No mesmo
ritmo, o tucano Zenaldo Coutinho diz que fará aliança com várias
partidos , mas afirma que o anúncio só será feito no próximo sábado,
data da convenção. “Vou me reservar o direito de não falar em nomes
agora porque ainda estamos conversando”, justificou.
José Priantes, do PMDB |
O
pré-candidato do PMDB, José Priante, também tem investido os últimos
dias antes da convenção em muitas conversas. A legenda já fechou aliança
com PSDC e PHS, mas até o final da semana passada permanecia a
indefinição sobre um possível candidato a vice. Essa vaga tem sido o
principal alvo das conversas e a moeda mais forte a ser usada pelos
candidatos das grandes legendas nas negociações com os partidos médios e
pequenos.
Jeferson Lima, do PP |
O PP manteve a decisão de lançar o radialista Jeferson Lima à prefeitura, mas também ainda não tem vice. A convenção será realizada na próxima quinta-feira. O presidente da legenda no Pará, Gerson Peres, diz que até lá a chapa deverá ser fechada.
Sergio Pimentel,do PSL |
A única
chapa já sacramentada é a do PSL. O ex-secretário municipal de Saúde de
Belém, Sérgio Pimentel, será o candidato à prefeitura, tendo o advogado
Bruno Monteiro na disputa como vice. Diferente dos outros candidatos,
Pimentel diz que não tem dialogado com outras legendas nesta reta final
de negociação. “Eles só conversam com os grandes, mas se quiserem compor
com a gente, estamos à disposição”.
Após a realização das convenções, os partidos terão cinco dias para fazer o registro das candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral. Nesse intervalo, muitas negociações ainda acontecem - e, mesmo com o fim do prazo, candidaturas ainda são definidas.
Após a realização das convenções, os partidos terão cinco dias para fazer o registro das candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral. Nesse intervalo, muitas negociações ainda acontecem - e, mesmo com o fim do prazo, candidaturas ainda são definidas.
Diário do Pará
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