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segunda-feira, 6 de maio de 2013

CASO PC FARIAS - POLICIAIS ASSASSINOS SERÃO JULGADOS

Empresário e a namorada foram encontrados mortos em junho de 1996

Laudos podem dividir jurados no caso PC Farias

Laudos divergentes podem dividir os jurados do júri popular de quatro policiais acusados de coautoria do duplo homicídio do empresário Paulo César Farias, o PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino, que começa nesta segunda-feira (6) em Maceió. O crime ocorreu em 23 de junho de 1996 em uma casa de praia em Guaxuma, Alagoas, onde o casal foi encontrado morto. Enfrentam o banco dos réus no Tribunal do Júri do Fórum de Maceió os seguranças Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva. O júri popular será presidido pelo juiz Maurício Breda e deve durar cinco dias. PC Farias foi tesoureiro de campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1989 e, à época do assassinato, respondia em liberdade condicional a diversos processos, entre eles sonegação fiscal, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. Durante o julgamento, serão apresentadas aos jurados as provas presente no processo, desde as conclusões do inquérito até os testemunhos que serão dados na hora do julgamento. Os jurados terão acesso a informações sobre os dois laudos apresentados. Absolvição A defesa dos seguranças confia na completa absolvição dos seguranças. Entre as testemunhas arroladas para falar no julgamento estão o perito Badan Palhares e Ingrid Farias, filha de PC Farias, que deve afirmar que o pai não queria mais o relacionamento com Suzana. Augusto César Farias, irmão de PC, e Cláudia Dantas, mulher pela qual o empresário deixaria Suzana, devem reforçar a tese. “A família não acredita em duplo homicídio, mas na tese que Suzana matou PC e depois cometeu suicídio”, afirmou o advogado José Fragoso Cavalcanti. Ao todo, devem ser ouvidas 8 testemunhas de acusação e 19 de defesa. Encerrada essa fase, começa o interrogatório dos réus, que têm o direito de permanecer em silêncio. Nesse caso, o silêncio não significa confissão. Também não é permitido que o réu fique algemado, exceto se comprovada a necessidade. Lacunas nas investigações podem dividir os jurados e deverão ser exploradas por defesa e acusação durante a fase de debates, que sucede os interrogatórios, assim como a ausência de um mandante, um mistério que se estende por quase duas décadas. Para especialistas, no entanto, nenhum desses fatores impede o júri popular. “Para que alguém seja levado a júri popular, bastam indícios de autoria e prova de materialidade. Há dois cadáveres e pelo menos indícios de que os policiais estavam fazendo a guarda da casa do casal e deixaram o assassino passar. Isso pode indicar duas coisas: ou eles foram distraídos ou teriam alguma ligação com os executores ou os mandantes do assassinato”, analisa o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Nelson Calandra Calandra. Por fim, os jurados se reúnem na sala secreta, o que deve ocorrer apenas na sexta-feira (10) para proferir o veredicto do caso. Com base nele, culpado ou inocente, o juiz vai redigir a sentença e dosar a pena, se houver condenação, ou o alvará de soltura, se determinada a absolvição.


 Fonte: G1


TEORIA DA CONSPIRAÇÃO - BRASIL (PC FARIAS)

Nessa sequencia de artigos sobre conspirações brasileiras, por ser meio recente e vários personagens ainda estarem no cenário político, a morte de Paulo César Farias é um dos grandes enigmas da história recente de nosso país.

Vamos ao contexto histórico do país, início da década de 90, a poderosa Rede Globo, por motivos escusos favoreceu a ascensão de um jovem político de Alagoas, com uma série de matérias que o rotularam de "o caçador de marajás", e chegando ao cúmulo de na edição do JN as vésperas da eleição presidencial, colocaram os melhores momentos de Collor e os piores de Lula.

Aqui entra o personagem central da trama, PC Farias era o tesoureiro da campanha Collor/Itamar, com a eleição de Collor, PC Farias tece uma rede de alianças, regada a muita corrupção, numa festa com dinheiro público desviado.

Começam a enxurrada de denúncias sobre Collor, seu irmão Pedro Collor depõe contra ele, teorias afirmam que a esposa de Pedro, Thereza Collor, foi o pivô da briga fraterna, a Globo não querendo se prejudicar e ficar do lado "errado", isolou Collor, criou os "caras pintadas" e corroborou para a queda de Collor, o ano era 1992, entretanto a pessoa que sabia de tudo e de todos envolvidos nos "esquemas" era PC Farias, homem forte da era Collor.
Em junho de 1996, o casal, PC Farias e Suzana Marcolino,  é "encontrado" morto pelos funcionários de PC Farias, a partir daí começa uma trama sórdida com várias pessoas querendo manipular os fatos e a verdade.

Os fatos:

Os funcionários, segundo eles próprios, chamaram o casal, e como não obtiveram retorno resolveram entrar no quarto, más decidem arrombar a janela, e depararam com o casal morto. Mais estranhamente saíram pela mesma janela, ao invés de sair pela porta, nem vistoriaram os demais quartos para ver se havia algum suspeito;
O rapidamente seu irmão, Augusto Farias, chega ao local do crime;

Surge ai uma figura que também está envolvida em outras polêmicas como o reconhecimento da ossada de Josef Mengele, caso E.T. Varginha, embora na época era considerado o melhor médico legista do país, seu nome Badan Palhares.
Badan o legista que nada explica

Estranhamente Badan comete uma série de erros crassos, embora a cena do crime tenha sido muito prejudicada, pois muitas pessoas adentraram no quarto e na casa,  só citarei alguns;

Já parte do princípio de que houve um crime passional, Suzana por ciúmes teria matado PC e posterior se suicidado.
  • Não colhe impressões digitais na cena do crime, nem na casa, nem a chave que trancava o quarto ele periciou, alegou esquecimento;
  • Alega que ambos os mortos estariam embriagados, e que a morte deu-se  na mesma hora e pela manhã, fato negado por outra perita, analisando os resíduos estomacais, conclui que a diferença entre as mortes fora de 3 a 5 horas, e que ambos não apresentavam alto teor alcóolico;
  • Suzana durante a madrugada, com PC já morto, liga pra dois homens, o perito Ricardo Molina isola o som e  dá pra ouvir uma voz masculina,  o bater na porta e o girar de maçaneta, quem seria?
  • A polícia mandou lavar o local do crime, a família de PC queimou o colchão e os lençóis, fato muito estranho pois também não foram periciados;
  • Badan afirma que Suzana tem 1,67cm de altura, quando após exumação fica concluído que na verdade ela tinha 1,57 cm, o que muda completamente os ângulos dos disparos e suas tragetórias;
  • O exame residográfico, de pólvora nas mãos, feito em Suzana dá negativo, bem como na arma teoricamente utilizada não ha impressões digitais dela.
O promotor do caso, foi ameaçado diversas vezes para que arquivasse o inquérito, depois de toda repercussão a polícia nega o crime crime passional e indicia os ex-funcionários de PC e Augusto Farias.
Somente em 2011 o STJ deu fim aos recursos, e  decidiu mandar a Juri os Ex-seguranças, inocentando Augusto por falta de provas, porém depois de tanto tempo, aumentam as chances dos ex-seguranças serem inocentados, pois os detalhes já não estão mais na memória das pessoas como na época do crime e são vários fatos controversos.
PM's que eram segurança de PC Farias

  O caso virou tema e foi bastante explorado pela imprensa que, retrata os fatos, mas não aponta para nenhuma direção quanto aos autores.O mistério permanece até os dias de hoje.


A queima de arquivo é mais que certa, a grande pergunta que fica é a quem esses assassinatos interessavam e ou quem foi o autor intelectual?

Segundo o Senador Pedro Simon, PC Farias sabia cerca de 70% de quem era e como era os esquemas de corrupção no país, mesmo sendo vários os interessados na morte de PC, entra nesse rol Itamar Franco, vice de Collor, o próprio Collor, Zélia Cardoso, Rogério Magri, a própria Plim Plim, entre muitos outros.

Outro fato interessante que mesmo trocando os governos ao longo do tempo, ninguém quis mexer nesse caso, seria no popular "quanto mais mexe mais fede", pois os reais motivos morreram junto com o casal, sendo uma conspiração perfeita tão qual o assassinato de JFK, pois muito se sabe e ao mesmo tempo nada se sabe, vários detalhes e nenhuma certeza.


Fonte: Sociedade Olho de Horús
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