Cubra-se de glórias, garot
É uma pena que, em pleno 2013, um gênio como Neymar tenha que ir embora do Brasil.
O jogador mais interessante que apareceu no Brasil, em tantos anos,
deveria continuar a encantar torcedores nos estádios brasileiros, em vez
de levar seu talento para a Europa.
Até quando perderemos os jogadores? Crescemos enquanto a Europa encolhe, e mesmo assim não conseguimos segurar os craques?
Isso está errado.
Neymar pode, sim, se transformar num novo fenômeno mundial. Desde Ronaldo, não aparece no Brasil um jogador tão exuberante.
Dribla, lança, arremata, é veloz e é hábil.
Em relação a jogadores com os quais é comparado, em geral
depreciativamente, ele é mais rápido e perigoso que Ronaldinho Gaúcho, e
muito mais completo que Robinho mesmo no auge deste.
Num vício da nacionalidade, nos prostramos servis diante de Messi e
massacramos Neymar com uma cobrança neurótica, destruidora e irracional.
Tostão disse que ele precisa ir para o Barcelona para crescer
profissionalmente. Ora, ninguém jamais disse que ele, Tostão, precisava
ir para o exterior para crescer.
É hora de mudar o modelo mental. Não somos mais um país periférico, e
não devemos nos comportar no futebol como se ainda fôssemos.
As lágrimas do garoto hoje, em sua despedida, nos comoveram.
O futebol brasileiro perde. O futebol espanhol ganha.
Basta refletir sobre essas duas sentenças para ver quanto é absurda a ida de Neymar.
Teremos que vê-lo a 10 mil km, e o Diário lamenta por isso.
Olhando em retrospectiva, Neymar proporcionou anos esplêndidos não
apenas ao Santos, mas a todos os que adoram ver o futebol jogado como
deve ser.
O Diário agradece a Neymar, mesmo tendo sofrido em suas mãos e em seus pés.
Fonte: DCM
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