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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Cientistas brasileiros do Instituto Butantan alertam o sobre riscos da ‘vacina-do-sapo'


O Instituto Butantan, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo  e um dos maiores centros de pesquisa biomédica do mundo, decidiu fazer um alerta sobre os riscos da “vacina-do-sapo”, técnica indígena que promete proporcionar força, resistência e até mesmo a cura de diversas doenças como câncer e depressão.
 
A amazônia é o maior laboratório natural do mundo e uma fonte inesgotável de fito medicamentos,sendo comum a biopirataria, que é  praticada por estrangeiros abrigados em ONGS de fachada.
Segundo o professor Carlos Jared, diretor do Laboratório de Biologia Celular do Butantan, não existem estudos que confirmem a eficácia total do veneno da perereca-verde Phyllomedusa bicolor, também conhecida como kambô.
Para o especialista, a presença comprovada de opioides, produzidos por glândulas de veneno do animal, pode levar a uma momentânea sensação de bem-estar, que vem se popularizando no Brasil e no mundo. 
Os batráquios preferem habitar lugares úmidos, como nas cavernas das árvores gigantesca da floresta

Ele explica que uma série de outros componentes podem ser encontrados na substância, mas que a maioria deles tem função desconhecida pela Ciência.


A aplicação do veneno precisa ser criteriosa e dosada, pois ainda é objeto de estudos científicos: os efeitos do uso em excesso, podem ser devastadores, podendo levar á parada cardíaca
A secreção que a perereca kambô libera é um veneno com centenas de componentes. “Há várias contraindicações que seriam as substâncias da glândula do veneno do animal, e que podem causar vômitos, diarreia, taquicardia, sudorese e alterações de pressão, entre outros sintomas”, afirma Jared. 
As reações são variáveis e, enquanto não existirem estudos comprobatórios sobre a sua eficácia, é necessário ter cautela. 
O Veneno do sapo também é usado por pajés e feiticeiros em cerimonias especiais e fins medicinais.

“A tendência da pesquisa científica atual é passar esse veneno por um processo de separação bioquímica, a fim de identificar somente a parte farmacologicamente ativa, que poderia servir como terapêutica alternativa. 

É um trabalho difícil, que demanda muito tempo e esforço”, salienta o diretor do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Butantan.

Há milênios, as populações nativas usam o veneno do sapo para caçar, nas setas  das zarabatanas, ou nas pontas das flechas e lanças.

 A técnica da “vacina-do-sapo” tem origem indígena e é largamente utilizada pelos índios da Amazônia brasileira e peruana. Entretanto, seu comércio é proibido pela Anvisa e a sua utilização em larga escala representa um perigo ambiental, uma vez que a captura indiscriminada da espécie pode causar a sua extinção. 

Em decorrência a sucessivas extrações, as glândulas produtoras de veneno podem entrar em colapso e parar de funcionar. “Com isso, o animal perde o seu principal sistema de defesa no meio ambiente e fica mais suscetível aos predadores”, finaliza o especialista do Butantan.



(DOL, com informações do Instituto Butantan)

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