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quinta-feira, 5 de julho de 2012

HITLER, ESSE DESCONHECIDO

Quarenta anos de domínio de relativismo e do multiculturalismo deram nisso: alienação absoluta de jovens a respeito do protagonista da maior catástrofe do século XX, que causou a morte de milhões de pessoas.  É a conseqüência lógica da “banalização do mal” (Hannah Arendt). E depois ainda falam do Brasil... 
Hitler e a cadela Blondie: um homem comum? 

Metade dos estudantes alemães desconhece que Hitler foi um ditador, revela pesquisa

Um terço dos jovens entre 15 e 16 anos o considera “defensor dos direitos humanos”
Do Operamundi
Hitler é desconhecido pelas novas gerações

A divulgação de um estudo realizado entre milhares de estudantes de cinco regiões da Alemanha revelou resultados que chocaram a opinião pública do país e que colocaram em dúvida critérios do sistema educacional local. Segundo a pesquisa intitulada “A última vitória das ditaduras?”, realizada por professores da Universidade Livre de Berlim, metade dos entrevistados não sabia que Adolf Hitler foi um ditador, enquanto um terço achava que ele era um “protetor dos direitos humanos”.

Outro resultado que chamou atenção é que 40% desses estudantes não sabiam diferenciar entre as noções de “democracia” e “ditadura”. A resposta mais comum assinalada por quatro entre dez entrevistados foi: “é tudo a mesma coisa”. Realizada sob forma de questionário, o estudo foi divulgado pelos jornais locais nesta sexta-feira (29/06).
Um dos autores do estudo, o professor de Ciências Políticas da Universidade Livre de Berlim, Klaus Schroeder, considerou o resultado chocante. “Talvez a solução seja aumentar as aulas de História Contemporânea em detrimento ao estudo de outras épocas”, disse ele ao jornal italiano Corriere della Sera e ao Huffington Post britânico.

Outra solução apontada por Schroeder seria utilizar métodos mais modernos e alternativos de estudo da História, como aumentar a frequência de visitas de delegações estudantis a antigos campos de concentração, que hoje servem como memoriais. Essas mudanças, na opinião de Schroeder, reforçariam entre os jovens as noções do que considera “valores-chave” de nossa época, como liberdade, direitos humanos, pluralismo e Estado de direito.
 
“Esses estudantes não têm qualquer consciência política e não possuem qualquer ideia de conceitos como ‘liberdade de expressão’ ou ‘direitos humanos’”, afirmou Schroeder.
O estudo abordou 7.400 estudantes alemães entre 15 e 16 anos. Cerca de dois mil desses entrevistados visitavam memoriais de guerra na Alemanha quando foram abordados.


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