A "mãe" da arqueologia amazônica, Betty Meggers, morreu na última segunda-feira aos 90 anos nos EUA.
A arqueóloga revolucionou o
conhecimento sobre os povos indígenas do Brasil antes de Cabral ao
realizar, a partir de 1948, as primeiras escavações sistemáticas na ilha
de Marajó (PA).
Como o colega e não menos importante cientista, Peter Paul Hilbert, Betty Meggers se dedicou a pesquisas na Amazônia paraense |
Trabalhando com o marido,
Clifford Evans, a cientista da Smithsonian Institution mostrou que os
povos da foz do Amazonas desenvolveram uma cultura material complexa,
com cerâmicas elaboradas. Isso provavelmente era resultado de ocupações
densas, diferentes da baixa densidade demográfica das aldeias indígenas
atuais.
Meggers, porém, propôs que essa
relativa complexidade era resultado de migrações dos Andes, que
fracassaram por causa da pobreza do ambiente amazônico.
Essa tese, que Meggers delineou
em 1971 no livro "Amazônia: A Ilusão de um Paraíso", dominou a
antropologia amazônica até os anos 1980.
"Ela perdeu essa guerra de corações e mentes por causa de sua rigidez", diz o arqueólogo Eduardo Neves, da USP
Pesquisas nos últimos anos têm
sugerido que algumas das ideias de Meggers sobre o povoamento da
Amazônia não estavam tão erradas assim. Também lhe pareciam injustas
acusações feitas por brasileiros de que sua pesquisa era
neocolonialista.
Via Folha de S. Paul/hupomnemata
NOTA DO BLOG militanciaviva
Dra Betty Meggers 1921 - 2012 | O nosso muito obrigado á essa grande cientista norte americana, que muito contribuiu com o nosso País ao dedicar parte da sua vida ao estudo e a pesquisa de campo, proporcionando que as novas gerações tivessem uma melhor compreensão sobre a cultura e origem dos nossos povos, aqui no Pará, na Amazônia e no mundo. |
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