A ganância, a hipocrisia e o cinismo dos antigos impérios industriais e militares, em especial da Inglaterra, já foi objeto de um verdadeiro oceano de tinta gasto por dezenas historiadores, tantas foram as quilométricas denuncias dando conta da selvageria dos desmatamentos no Brasil, que tem um certo cheirinho de libra esterlina, dólar e agora euro, todas as vezes que uma frondoza árvore tomba ao chão nas florestas brasileiras.
Nas escolas paupérrimas de telhado de palha aqui da Amazônia, as professoras descalças já ensinam as criancinhas e curumins que, as florestam primitivas que compunham a Mata Atlântica brasileira, foram quase que totalmente dizimadas pelo colonizador branco Europeu nos séculos passados, onde madeiras nobres como: Pau Brasil, o Ipê, o Jacaranda, macacaúba, jatobá e o mogno entre outras, foram irracionalmente abatidas pela fúria gananciosa dos mercadores ingleses, americanos, holandeses, franceses, belgas, portugueses e espanhóis; floresta morta que hoje serve - como diz o famoso cantador e poeta nordestino Elomar, em suas cantorias de cordel - de tamborete, mesa, estante e berço para embalar os filhos da burguesia e dos bem nascidos descendentes das casas pertencentes á famíliglias reais.
Ao financiar a destruição e a derrubada das madeiras da Amazônia para
construir o dossel de suas alcovas, assoalho,escrivaninhas e as
prateleiras de suas bibliotecas cheias de livros de sábios, os
britânicos não são menos contraditórios que mais desautorizados em nível moral, para pregar civilidade.
A inesperada presença de Marina Silva em Londres, seria menos que um pequeno lampejo no mega show midiático criado para o evento, caso ela fosse uma figura censurada, perseguida por uma espécie de 'regime autoritário petista', onde Dilma Roussef fosse a cruel representante temporal de uma new ditadura brasileira, cerceadora das liberdades e perseguidora de ativistas e dissidentes desta nobre causa.
Neste caso, se justificaria toda a mirabolância da sua inesperada presença feita a revelia do conhecimento de todos, quando então, Marina Silva, aproveitando-se dos holofotes e câmeras, inspirada em figuras de alta patente como: Gandhi ou Martin Luther King, prevalecendo-se da imunidade e segurança territorial oferecida da parte de sua majestade britânica, aproveitaria ao máximo o momento único para desferir um pito de alto brado dos microfones do exílio, que atravessasse o atlântico; mas que sensibilizasse principalmente em dobro, em triplo, os ingleses e outros internacionais não convertidos á causa ambientalistas, e sobre a real necessidade de conter a imoral devastação da flora amazônica, que só é possível porque, em grande parte, é financiada pelos recursos corruptores milionários das poderosas corporações europeias e norte-americanas.
Feito assim, Marina Silva teria dito o que diabos teria ido fazer na capital do império Britânico, além de levantar e balançar bandeirinhas.
Por Eduardo Bueres/militanciaviva
Por Eduardo Bueres/militanciaviva
Marina Silva causa mal estar entre ministros em Londres
Agência Estado
Londres, 28/07/2012 - A presença da ex-ministra Marina
Silva na cerimônia de abertura da Olimpíada de Londres causou mal estar
entre os ministros do governo de Dilma Rousseff. A participação pegou a
todos de surpresa.
Marina entrou carregando a bandeira com os anéis olímpicos juntamente
com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o maestro argentino Daniel
Barenboim e prêmios Nobel. O convite partiu do Comitê Olímpico
Internacional, sem o conhecimento do governo brasileiro, e foi mantido
em sigilo. A ex-ministra é reconhecida internacionalmente por seu
trabalho de defesa do meio ambiente.
A situação cria constrangimento porque Marina não tem boas relações
com Dilma Rousseff e acabou encobrindo a presença da presidente do
próximo país-sede da Olimpíada na cerimônia de abertura de Londres,
ontem. "Marina sempre teve boa relação com as casas reais da Europa e
com a aristocracia europeia", disparou o ministro do Esporte, Aldo
Rebelo, adversário político de Marina na polêmica do Código Florestal.
"Não podemos determinar quem as casas reais escolhem, fazer o quê?"
O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que a primeira reação foi
de surpresa. Para ele, o COI deveria ter feito um melhor trabalho de
comunicação com o governo brasileiro. "É óbvio que seria mais adequado
por parte do COI e da organização do evento que houvesse um diálogo de
forma mais concreta com o governo brasileiro para a escolha das
pessoas", disse, sem deixar de reconhecer a importância do trabalho
ambiental de Marina.
Para outro membro da delegação, que pediu para não ser identificado, o
que o COI fez foi o equivalente a convidar um membro da oposição
britânica para um evento no Brasil que tenha o governo de Londres como
convidado especial.
Ao Grupo Estado, Marina explicou que só recebeu o convite na ultima
terça-feira, dia 24. Sobre Dilma, insistiu em não criar polêmica,
dizendo que "sentia orgulho" em ver a primeira presidente mulher do país
na arquibancada do estádio olímpico.
Ontem, Dilma foi mostrada pelas câmeras oficiais por menos de cinco
segundos, enquanto a entrada de Marina foi amplamente comentada, como
representante da luta ambiental no mundo. O ministro do Turismo, Gastão
Vieira, só ficou sabendo da presença de Marina já no Estádio Olímpico.
"Foi surpresa", disse o ministro da Ciência, Marco Antonio Raupp.
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