O dia 25 de abril é a data da
libertação de dois países europeus das garras do nazi-fascismo. Em 1945, acabava
o reino do terror do fascismo e da ocupação nazista na Itália; quase 30 anos
depois, os portugueses se livravam da ditadura salazarista, que dominava o país
desde 1932.
A Resistência Italiana, cujos membros ficaram conhecidos como partigiani,
foi um movimento armado de oposição ao fascismo e à ocupação da Itália pela Alemanha nazista, bem como à República Social Italiana - conhecida como República de Salò - fundada por Mussolini no norte, em território controlado pelos nazistas durante a II Guerra Mundial.
Milhares de mulheres italianas pegaram em armas contra o nazi-fascismo |
Como movimento armado, baseado na estratégia de guerrilhas, os partigiani surgiram em 1943, quando a Itália foi invadida pela Alemanha,
em resposta ao afastamento de Mussolini pelo rei e à invasão do sul da
pensínsula pelas tropas aliadas anglo-americanos. Muitos, entretanto, consideram que a resistência existiu desde 1922, quando o fascismo ascendeu ao poder, embora de forma embrionária.
O movimento se dissolveu depois do fim da guerra em 1945. Os partigiani executaram Mussolini em Milão em 28 de
abril de 1945. Calcula-se que tenham participado da Resistência mais de 300 mil
pessoas - das quais 35 mil mulheres - de várias tendências políticas: comunistas,
socialistas, anarquistas, liberais, católicos e monarquistas – agregados no Comitê
de Liberação Nacional (CLN).
Militares se confraternizam com populares em abril de 1974 em Portugal |
Em Portugal, o salazarismo
foi derrubado por um movimento militar, conhecido como Revolução dos Cravos, que
eclodiu em 25 de abril de 1974. O Movimento das Forças Armadas (MFA) era composto
por oficiais intermediários da hierarquia militar, na sua maioria capitães que
tinham participado das desgastantes guerras coloniais na África (Angola,
Moçambique e Guiné-Bissau). O MFA era apoiado por oficiais milicianos e
estudantes recrutados, com grande influência do então clandestino Partido
Comunista Português (PCP). O regime caiu quase sem resistência – a não ser da
polícia secreta, a PIDE –, mas a alta oficialidade, liderada pelo general António
de Spínola, assumiu o comando do movimento. Mesmo assim, as divisões políticas nas
Forças Armadas e a explosão do conflito de classes estancado por quatro décadas
quase levaram Portugal à guerra civil em 1975. Estabilizado o país, a Assembléia
Constituinte iniciou seus trabalho e entrou ao país uma nova Carta Magna, em 25
de abril de 1976.
Grandola, Vila Morena
Nenhum comentário:
Postar um comentário