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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Por que a China está se armando para uma guerra contra os Estados Unidos

Mísseis exibidos em parada militar em Pequim
Os chineses bem sabem que os americanos são capazes de usar a força militar “sem cerimônia”


16 de janeiro de 2013

Na foto acima, mísseis guiados de longo alcance exibidos em parada militar em Pequim
No início dos anos 1920, o escritor britânico Bertrand Russell passou alguns meses na China, num ciclo de palestras. Ao voltar ao Reino Unido, Russell escreveu um livro sobre o que viu, chamado “O Problema da China”.
Russell afirmou que a China poderia se tornar o maior país do mundo – desde que se tornasse militarmente mais forte. Naqueles dias, a China era virtualmente ocupada pelas potências ocidentais, depois de ter sofrido sucessivos reveses em guerras no século 19 exatamente por falta de cultura bélica. (No pior deles, nas chamadas Guerras do Ópio, a Inglaterra impôs que os chineses deixassem a droga ser vendida livremente no país. O ópio, produzido na Índia, era a espúria contrapartida que a Inglaterra encontrara para equilibrar seu comércio com a China, de quem consumia chá, seda e porcelana.)
As reflexões de Russell, quase cem anos depois, podem ajudar a entender a barulhenta controvérsia destes dias em torno do orçamento militar chinês. Como a economia do país, os gastos com a defesa têm crescido a uma taxa anual na casa dos dois dígitos.
Os Estados Unidos protestam, talvez por imaginarem que a China seja como eles mesmos. Mas não poderia haver duas culturas mais diferentes: a americana é a do consumo, da ganância, da ostentação e da dominação exploradora. A chinesa, derivada de Confúcio, é pacífica, centrada na educação dos jovens, respeito aos velhos e lealdade com os amigos.
Os chineses não são beligerantes, historicamente.Mas tolos também não são. Aprenderam com o passado em que sofreram sucessivas agressões.
Desfile militar na China
Desfile militar na China
Veja o que diz num editorial o jornal chinês Global Times, que reflete o pensamento do governo: “Sem uma defesa formidável, os sentimentos irracionais contra a China podem piorar, e se converter em ação. Na condição de maior potência militar, os Estados Unidos colocaram a China no centro de sua estratégia de defesa. A história prova que os Estados Unidos são ávidos por ações militares. Quando os americanos estão confiantes em sua superioridade, eles costumam usar a pressão militar sem nenhuma cerimônia.”
Clap, clap, clap.
Aplausos para a sabedoria chinesa. Quem acredita que o interesse dos Estados Unidos na questão do orçamento militar chinês é a paz acredita em tudo, como disse Wellington.


Paulo Nogueira no DCM

2 comentários:

  1. "A chinesa, derivada de Confúcio, é pacífica, centrada na educação dos jovens, respeito aos velhos e lealdade com os amigos.
    Os chineses não são beligerantes, historicamente.Mas tolos também não são. Aprenderam com o passado em que sofreram sucessivas agressões."

    O autor não lê notícias? Vários casos de corrupção e abuso de poder na China, mais os abusos de força militar querendo dominar outras nações livres e não fazem isso, pois os EUA os protegem. E o Tibete hein!? O povo tibetano inteiro quer a sua liberdade, independencia e os chineses não permitem. Vai dizer que esse último também é "invenção" da mídia? rs Esse texto foi tendencioso demais e dissimulado.

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  2. Que título mais idiota! -Parece programa do João Kleber!

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