Entre 1998 e 2005, Robson Marinho recebeu dinheiro
de suborno da Alstom; Ministério Público diz que dinheiro foi pago por
contrato na gestão de Mário Covas, para dar parecer favorável à empresa;
conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo, ele sempre negou ter
conta na Suíça e ter recebido propina; também é alvo de inquérito
criminal em curso no STJ.
247 - A Justiça suíça confirmou que uma empresa
estrangeira de propriedade de Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo, recebeu US$ 2,7 milhões (o equivalente a
R$ 6 milhões) da Alstom entre 1998 e 2005.
Robson Marinho foi secretário do governador tucano Mário Covas, entre 1995 e 1997. Desde 2001, é conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo.
Robson Marinho foi secretário do governador tucano Mário Covas, entre 1995 e 1997. Desde 2001, é conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo.
De acordo com a Justiça, a Alstom pagou propina para vencer uma
concorrência no valor de R$ 23,2 milhões. O serviço prestado era o
fornecimento de equipamentos em três subestações elétricas da
Eletropaulo e EPTE. Marinho nega ter dinheiro no exterior. Segundo o
Ministério Público, Marinho recebeu dinheiro para dar um parecer
favorável à empresa.
A conta foi aberta em nome da empresa Higgins Finance LTDA, com sede
nas ilhas virgens britânicas, e recebeu vários depósitos. Um deles é da
empresa MCA, de Romeu Pinto Júnior, que admitiu à Promotoria que a
companhia foi usada pela multinacional francesa Alstom para pagar
propinas no Brasil.
Marinho, que sempre negou ter conta na Suíça e ter recebido suborno,
também é alvo de inquérito criminal em curso no STJ (Superior Tribunal
de Justiça).
A Alstom declarou que repudia as insinuações de que possui uma
política institucionalizada de pagamentos irregulares para obter
contratos. Já o advogado de Robson Marinho, Celso Vilardi, diz que vai
tentar anular as provas, porque elas foram obtidas na Suíça de maneira
ilegal.
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