Artista tinha 75 anos e estava em casa, em Cotia, na Grande SP
O cantor Jair Rodrigues morreu nesta quinta-feira (8). Ele tinha 75 anos e estava em sua casa em Cotia, na Grande São Paulo. A causa da morte ainda não foi divulgada. O corpo foi encontrado na sauna da casa.
Dilma Rousseff: "Interpretação de 'Disparada' ainda muito me emociona"
Mais: "O Brasil perde um dos grandes", diz Sandy sobre morte de Jair Rodrigues
ASSISTA AQUI O VIDEO ORIGINAL COMPLETO COM ESTE HINO QUE FAZ BRASILEIRO CHORAR
No Facebook, a cantora e compositora Luciana Mello, filha de Rodrigues, escreveu: "Quero agradecer, de coração, o imenso carinho que estamos recebendo! Em breve falaremos com todos.
O corpo de Jair Rodrigues saiu da casa e foi levado para o Instituto Médico Legal no início da tarde desta quinta.
Vários artistas lamentaram a morte do cantor. "Tinha carisma, era um grande cantor de samba além de MPB e até música sertaneja. Tinha uma energia fora do comum. Demorou alguns anos para perceber que isso era algo natural dele", disse o produtor João Marcelo Bôscoli.
"E tinha um amor ao ofício, fazia de 12 a 18 shows por mês. Me dizia: 'Não posso parar de cantar. É o meu amor, minha vida.'"
"Era uma pessoa de um carisma irresistível", disse o pesquisador Ricardo Cravo Albin.
Trajetória
Nascido em Igarapava (SP) em 6 de fevereiro de 1939, Jair Rodrigues de Oliveira era um dos mais populares cantores brasileiros. No início da carreira, nos anos 1950, participou de programas de rádio no interior de São Paulo e de shows de calouros.
Jair Rodrigues canta "Eu Sei Que Vou Te Amar":
Gravou o primeiro disco em 1962, com duas músicas que faziam referência à Copa do Mundo daquele ano: "Brasil Sensacional" e "Marechal da Vitória". Os primeiros LPs foram "Vou de Samba com Você" e "O Samba Como Ele É", de 1964, época em que tornou-se famoso com a faixa "Deixa Isso Pra Lá" (Alberto Paz e Edson Meneses), canção que é considerada uma precursora do rap brasileiro.
O cantor Jair Rodrigues (1939-2014)
Em 1965, cantou pela primeira vez com Elis Regina, com quem lançou o LP "Dois na Bossa". Depois, a dupla comandou o programa "O Fino da Bossa", na TV Record.
Em 1966, Jair Rodrigues participou do festival da Record com a canção "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros. A música terminou como vencedora do evento, ao lado de "A Banda", interpretada por Nara Leão.
Em 1971, o cantor lançou "Festa para um Rei Negro", que trazia o samba-enredo homônimo feito para o Salgueiro. A interpretação é um dos grandes sucessos de Jair, com o refrão: "Ô lê lê, ô lá lá/ pega no ganzê/ pega no ganzá".
Nos anos 1970, lançou os discos "Com a Corda Toda" (1972), "Orgulho de um Sambista" (1973), "Abra um Sorriso Novamente" (1974), "Ao Vivo no Olympia de Paris" (1975), "Eu Sou o Samba" (1975), "Minha Hora e Vez" (1976), "Estou com o Samba e Não Abro" (1977), "Pisei Chão" (1978), "Antologia da Seresta" (1979) e "Couro Comendo" (1979).
Nos anos 1980, vieram "Estou Lhe Devendo um Sorriso" (1980), "Antologia da Seresta nº 2" (1981), "Alegria de um Povo" (1981), "Jair Rodrigues de Oliveira" (1982), "Carinhoso" (1983), "Luzes do Prazer" (1984), "Jair Rodrigues" (1985) e "Jair Rodrigues" (1988).
Em 2005, lançou o CD "Alma Negra", que trazia a participação de Luciana Mello. O cantor Jairzinho também é filho de Rodrigues.
Em 2006, foi lançado o DVD "Jair Rodrigues - Programa Ensaio - 1991", no qual dá depoimento e canta alguns de seus sucessos. Entre as interpretações conhecidas de por Jair Rodrigues estão "O Menino da Porteira", "Boi da Cara Preta" e "Majestade o Sabiá
Fonte: Portal iG
Fonte: Portal iG
Nenhum comentário:
Postar um comentário