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quinta-feira, 8 de maio de 2014

MARINA SEPULTA TRÉGUA: "PSDB CHEIRA A DERROTA"


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Vice na chapa de Eduardo Campos, a ex-senadora Marina Silva rompeu a trégua que havia entre PSB e PSDB; disse que os tucanos têm vocação para perder e criticou ainda a postura do senador Aécio Neves na CPI da Petrobras; "Queremos criar mecanismos de transparência e não ficar faturando, chafurdando na lama da corrupção"; sobre a presidente Dilma, ela também foi bastante crítica; situação atual, segundo ela, matou o mito da "gerentona"; Marina afirma ainda que só Campos pode impedir uma nova vitória do PT em 2014


Por Aquiles Lins, do Tocantins 247 – A pré-candidata a vice-presidente da República na chapa de Eduardo Campos (PSB), Marina Silva esteve em Palmas nesta quarta-feira, 7, para participar de uma palestra a estudantes da Universidade Federal do Tocantins sobre Sustentabilidade. Em entrevista antes do evento, a ex-ministra de Meio Ambiente mirou artilharia de grosso calibre na direção da presidente Dilma Rousseff, do PT, e também do senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG).

Segundo ela, Eduardo Campos é a única alternativa real de vitória contra o PT em 2014, porque o PSDB teria o "cheiro da derrota". "O PSDB sabe que já tem o cheiro da derrota no segundo turno. E o PT já aprendeu que a melhor forma de ganhar é contra o PSDB" (leia ainda a entrevista concedida por Marina ao jornalista Bernardo Mello Franco). A declaração, na prática, rompe a trégua que havia entre PSB e PSDB até agora. Em desvantagem em relação a Aécio nas pesquisas, Campos vem sendo pressionado por Marina a elevar o tom das críticas a Aécio.

Segundo Marina, Campos seria um nome à esquerda de Aécio. "Campos protagoniza uma agenda progressista de respeito aos direitos sociais, de não ir pelo caminho mais fácil de reduzir a maioridade penal e as conquistas dos trabalhadores."

Críticas a Dilma

No evento em Palmas, a ex-senadora também criticou a presidente Dilma Rousseff e disse que a CPI da Petrobras comprova que o "mito da gerente" não existe mais. “É insustentável achar que a corrupção é um problema da Dilma. A corrupção não é um problema da Dilma. A corrupção tem que ser um problema nosso. Se continuar a ser um problema da Dilma, vai continuar a ter corrupção feia. Na campanha de 2010, estabeleceu-se um embate entre o Serra e a Dilma para saber quem era o melhor gerente. Pelo que está acontecendo com a Petrobras, esse mito já foi embora”, disparou.

Marina afirmou que nas situações em que a sociedade se mobilizou – ela citou a escravidão, a ditadura, a inflação e a diminuição da pobreza, o país avançou. Mas criticou, sem citar nomes, o PSDB, DEM, e outros partidos de oposição pelo alardeio em cima da CPI da Petrobras no Senado. “Queremos criar mecanismos de transparência e não ficar faturando, chafurdando na lama da corrupção. E obviamente queremos investigação rigorosa de todos os casos que forem denunciados”, disse.

Risco de inflação

Sobre a queda da presidente nas últimas pesquisas, Marina Silva voltou a dar a Petrobras como exemplo de preocupação para o brasileiro sobre o governo Dilma. “A sociedade brasileira está preocupada com o que está acontecendo com o Brasil. Escândalos sucessivos, um completo distanciamento do que acontece em Brasília com a realidade das pessoas. Estamos com o risco da inflação, o crescimento baixo, aumento de juros e as pessoas sabem no que isso vai dar. Obviamente que se as pessoas disserem que isso está bom, referendando as pesquisas, só se nós gostássemos de apanhar. Eu vejo como a sabedoria do povo”, afirmou.

A fundadora do Rede Sustentabilidade é detentora de um cobiçado patrimônio político de cerca de 20 milhões de votos, que obteve nas eleições de 2010 como candidata a presidente. O problema é que até o momento, uma parcela muito pequena desse eleitorado está conseguindo se identificar com o candidato apoiado por ela. Setores do próprio PSB já começam a avaliar a possibilidade de ser Marina, e não Campos, a candidata do partido. Mas Marina não cogita a possibilidade, garante que só será candidata a vice e que o nome na disputa é o do ex-governador de Pernambuco. 

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