LAGOS - Os
militares da Nigéria sabem onde estão as mais de 200 meninas
sequestradas pelo grupo Boko Haram, mas descartaram o uso da força para
resgatá-las, disse o chefe da Defesa, o marechal da Força Aérea Alex
Badeh, nesta segunda-feira, segundo a agência de notícias estatal.
As forças da barbárie: Boko Haram |
Sete semanas depois de os militantes do Boko Haram raptarem as
alunas que faziam provas em uma escola do segundo grau no vilarejo de
Chibok, no nordeste nigeriano, pouco se sabe sobre o seu paradeiro ou o
que os militares estão fazendo para recuperá-las.
“A boa notícia para os pais das garotas é que sabemos onde elas estão, mas não podemos dizer a vocês”, disse Badeh, de acordo com a agência estatal de notícias. “Mas onde elas estão, podemos chegar lá com força? Não podemos matar nossas garotas em nome do esforço para salvá-las”.
“A boa notícia para os pais das garotas é que sabemos onde elas estão, mas não podemos dizer a vocês”, disse Badeh, de acordo com a agência estatal de notícias. “Mas onde elas estão, podemos chegar lá com força? Não podemos matar nossas garotas em nome do esforço para salvá-las”.
As meninas estudantes sequestradas |
A maioria das autoridades acha que qualquer operação de resgate
seria muito perigosa e provavelmente não valeria o risco de as alunas
serem mortas por seus sequestradores – um grupo islâmico que mostrou um
alto grau de inclemência na matança de civis.
Desde o sequestro das meninas, de acordo com uma conta da
Reuters, pelo menos 470 civis morreram de forma violenta em várias
localidades pelas mãos do Boko Haram, que diz lutar para estabelecer um
Estado islâmico na religiosamente mesclada Nigéria.
Presidente nigeriano Goodluck Jonathan |
O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, classificou o grupo como “a Al Qaeda do oeste da África”.
A rede britânica BBC relatou nesta segunda-feira que um acordo estava próximo para resgatar as garotas em troca de prisioneiros do Boko Haram – exigência pública do grupo – mas que este esforço foi cancelado no último minuto.
A rede britânica BBC relatou nesta segunda-feira que um acordo estava próximo para resgatar as garotas em troca de prisioneiros do Boko Haram – exigência pública do grupo – mas que este esforço foi cancelado no último minuto.
Senador nigeriano David Mark |
Durante o fim de semana, o presidente do Senado e a terceira
autoridade mais importante do país, David Mark, descartou um acordo com o
Boko Haram, cujo nome significa “a educação ocidental é um pecado” na
língua Hausa, do norte do país.
Fonte: Reuters
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