No arquivo da Folha
Prefeito de Manaus de 1983 a 1986
Em 1983 Amazonino assumiu a PMM indicado no ano anterior por Gilberto Mestrinho. No mês de setembro decretou aumento de 100% na tarifa do transporte coletivo. Estudantes e opositores foram às ruas, mas o movimento foi violentamente reprimido pela PM.
Governador do Amazonas de 1987 a 1990
Durante a campanha de 1986, Amazonino fez apologia ao crime ambiental prometendo dar uma motoserra a cada caboclo do interior do estado [3]. O IBDF (atual IBAMA) ameaçou processa-lo e ele recuou. Chegou a distribuir 2.000 motosserras aos eleitores, as quais acabaram vendidas a madeireiros a preços irrisórios[4].
Em 1989 Amazonino atentou contra a Constituição Federal extinguindo a Polícia Civil, alegando que a mesma estava podre e corrupta[5]. Conforme a constituição, legislar sobre as polícias é atribuição do Congresso Nacional. Isso inclui extinguir, unificar e outros. A avalanche de ações judiciais impetradas por delegados e policiais colocados em disponibilidade fizeram Amazonino restaurar o "status quo". O então governador teve que pagar vencimentos atrasados de todos os profissionais de Segurança Pública.
Prefeito de Manaus de 1993 a 1994
Governador do Amazonas de 1995 a 1998
Amazonino se elege governador pela segunda vez.
Em 1996 criou um bairro e um hospital para homenagear sua mãe, ambos com o nome de dela (Francisca Mendes).
Em 1997 os professores da rede estadual fazem uma manifestação por melhores salários. Amazonino vai pessoalmente ao encontro deles acompanhado da Polícia Militar e dá a ordem para dispersar o movimento. A PM cumpriu à risca a ordem e 25 professores foram parar nos hospitais de Manaus e ainda foram presos.
4.out.1994 – O prefeito de Manaus Amazonino Mendes (PPB) se elege governador do Amazonas pela segunda vez e declara o voto em Fernando Henrique (PSDB), abandonando o candidato de seu partido, Espiridião Amin. Amazonino diz que a eleição "talvez seja a mais fácil da história do Estado"
. 28.jan.1997 – Amazonino Mendes vai a Brasília para trabalhar pela aprovação da emenda da reeleição, o que contraria interesses do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf, seu colega de partido.
13.mai.1997 – Em gravações obtidas pela Folha, o deputado Ronivon Santiago afirma que o governador Amazonino Mendes intermediou a compra de votos de deputados da região Norte para aprovar a emenda de reeleição. Na gravação, Ronivon diz que "O Amazonino marcou dinheiro para dar (R$) 200 (mil) para mim, 200 pro João Maia, 200 pra Zila e 200 pro Osmir". Amazonino nega e diz que a acusação é "fantasiosa e despropositada"
. 24.jun.1997 – Em depoimento na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, Amazonino se recusa a abrir seu sigilo bancário, fiscal e telefônico e os deputados da oposição se retiram, alegando que, sem a quebra do sigilo, o depoimento não ajudaria as investigações. Amazonino admite ter "trabalhado com empenho" pela aprovação da emenda da reeleição, mas nega envolvimento na compra de votos.
4.jul.1997 – Depois de anunciar a demissão do presidente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Mauro Costa, o governo federal recua e o mantém no cargo por pressão do PSDB. Nomeado em 1996 pelo então ministro do Planejamento José Serra, Mauro Costa sofria oposição de Amazonino desde que promoveu uma auditoria na Suframa e demitiu 70 funcionários da Fucapi, fundação que presta serviços à superintendência, incluindo uma irmã e uma sobrinha de Amazonino Mendes.
8.out.1998 – Mesmo sendo derrotado na capital Manaus, Amazonino Mendes consegue se reeleger governador por uma pequena margem de votos. Na campanha, Amazonino contou com apoio do presidente Fernando Henrique e de adversários tradicionais, como o deputado federal Arthur Virgílio (PSDB) e Gilberto Mestrinho (PMDB), eleito para o Senado.
26.ago.2000 – O deputado estadual Mário Frota (PDT-AM) pede a instalação de uma CPI para investigar a origem dos recursos da casa de Amazonino Mendes, construída em área nobre de Manaus. Para Frota, a mansão, que conta com cinco suítes, elevador panorâmico, cachoeira artificial e três piscinas, não condizia com o salário de governador nem com a declaração de renda. Ao jornal "A Crítica", Amazonino disse que fez um financiamento pela Caixa Econômica Federal, mas não revelou valores. Disse também que o imóvel não foi declarado à Receita Federal porque ainda estaria em construção.
20.ago.2004 – O Ministério Público Federal denuncia Amazonino Mendes ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) por corrupção passiva. Amazonino é acusado de receber comissão de R$ 3,1 milhões da empresa North American Export Agencies Inc. para facilitar as licitações. O proprietário da empresa, Juarez Barreto Filho, é denunciado por corrupção ativa. Amazonino diz a acusação é uma "mentira deslavada" e que Barreto Filho já fizera denúncias falsas antes
23.jul.2008 – Amazonino Mendes, candidato a prefeito de Manaus, é incluído em lista de candidatos com a ficha suja, publicado pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). O candidato responde que dois dos quatro processos citados foram arquivados e em outro ele foi absolvido. O nome de Amazonino foi retirado da lista da AMB em agosto graças a um habeas corpus
2011 - Manaus continua abandonada e a "sensação é que continuamos sem prefeito", promessas de campanha que ainda não foram cumpridas:
A primeira diz respeito a criação de prefeitura móvel dentro de um ônibus para visitação às comunidades;
Implantação de mil creches solidárias, onde mães serão treinadas para cuidar dos pequenos da vizinhança;
Criação de serviço de internet por meio de carretas que visitarão os bairros mais pobres da cidade;
Recuperação das ruas da cidade nos primeiros 120 dias de governo.
Renovação em 80% da frota de ônibus;
Criação de programa de prevenção contra câncer de mama e de útero e assistência em pré e pós-parto (Hospital da Mulher);
Duplicação de equipes do Médico da Família no primeiro ano de mandato;
Construção de mais parques para atividades culturais e de lazer, principalmente nas zonas Norte e Leste;
Escola-Aberta, com a utilização dos equipamentos e estrutura; Reajuste salárial para a educação e da saúde.
"Todas essas promessas não foram cumpridas até o momento".
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