A estréia da novela "Amor e Revolução" do SBT, introduz na teledramaturgia a temática da ditadura no Brasil.
Os atores podem ser ruins. Os cenários são toscos. A dramatização é de inspiração "mexicana". Nada disso tira o mérito do SBT ao produzir "Amor e Revolução". A novela tem como pano de fundo o contexto da resistência e da repressão durante os governos militares. O simples fato de trazer à tona este tema já é uma virtude, que a não pode ser extendida às produções globais.
Cabe ressaltar que a famosa indústria novelera no Brasil, se caracteriza por reduzir a realidade ao âmbito privado. A grande parte dos conflitos são interpessoais, os confrontos do espaço público são sempre coadjuvantes. As mazelas do mundo são atribuídas à pessoas degeneradas, índivíduos "sem caráter", os quais no final da narrativa são presos ou mortos, reestabelecendo a harmonia social.
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Não se sabe como será o desenvolvimento da trama do SBT e os descaminhos que ela pode percorrer. Contudo, os primeiros cápitulos apresentam claramente dois projetos de sociedade em conflito. Além disso, a narrativa não titubeia em apontar os militares como os vilões da estória. A reação dos milicos só confirma esta avaliação. As forças armadas já se manifestaram negativamente com relação à novela.
Não se sabe como será o desenvolvimento da trama do SBT e os descaminhos que ela pode percorrer. Contudo, os primeiros cápitulos apresentam claramente dois projetos de sociedade em conflito. Além disso, a narrativa não titubeia em apontar os militares como os vilões da estória. A reação dos milicos só confirma esta avaliação. As forças armadas já se manifestaram negativamente com relação à novela.
Fonte: Levante Popular da Juventude
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