Jean Galvão |
Cartunista recua e diz que charge de Lula é dele
O cartunista Jean Galvão, autor de uma charge em que o presidente Lula aparece distribuindo dinheiro e que foi utilizada numa pergunta sobre mensalão em uma prova escolar em Minas Gerais, recuou da afirmação de que seu trabalho havia sido falsificado, como ele dissera à Folha de S. Paulo, informação também divulgada pelo Estado no sábado. A charge, segundo ele, é um desenho inacabado e abandonado em 2005, e que foi indevidamente capturado de um blog pelos autores da prova. A Secretaria da Educação de Minas negou responsabilidade no episódio, afirmando que a prova foi preparada por uma empresa terceirizada.
conheça mais sobre a 'famosa' charge da questão 17:
Charge que é ofensiva a Lula rende outra polêmica
Do Estado de Minas
Mais uma discussão envolvendo a prova do Programa de Avaliação de Aprendizagem Escolar (PAAE) aplicada pelo governo do estado aos alunos do primeiro ano do ensino médio da rede pública. Depois de ter uma de suas questões contestadas pelo PT, sob a acusação de que o enunciado da pergunta associava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à corrupção, conforme revelou com exclusividade o Estado de Minas, em sua edição de quinta-feira, a nova denúncia é de que a charge que ilustra a questão da prova é diferente da versão original feita pelo cartunista Jean. Na questão, os alunos tinham de analisar a charge.
O desenho original, publicado em 2007, mostrava o presidente Lula distribuindo um papel onde se lia a palavra “cargos” e tinha como título CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Na versão que saiu na prova, o título é “Operação Abafa” e nela Lula aparece distribuindo dinheiro a supostos parlamentares. A pergunta considerada correta para a questão diz que a charge intitulada “Operação Abafa” sugere “ironicamente uma relação entre os movimentos sindicais da década de 1980 e o mensalão, refletindo sobre o processo histórico que levou os mesmos personagens a uma luta pela valorização do trabalhador à corrupção política”.
O autor da questão criticada pelo PT, o professor de História Frederico Pinho, nega que a charge tenha sido adulterada por ele ou por alguém do governo do estado com a intenção de prejudicar a imagem de Lula e do PT. Segundo ele, a charge foi retirada por ele de um site que publica desenhos de cartunistas de todo o Brasil. “Essa charge nunca foi modificada por mim. Alguém pode ter feito essa modificação antes de publicá-la no site, mas não fui eu”. A polêmica charge foi retirada por Frederico de um site que não está mais em funcionamento e que era mantido por um cartunista do Paraná, Alberto Benett, colaborador do jornal Gazeta do Povo. Benett conta que inseria neste site esboços e desenhos não publicados em órgãos de imprensa feitos por cartunistas de diversos locais do Brasil, entre eles o autor da charge publicada na prova. “Esse professor deve ter pegado, sem autorização do Jean, um esboço de um desenho dele que publiquei no site em 2007. Se tivesse pedido autorização, poderia ter evitado toda essa polêmica”, conta Benett.
Depois de tanta polêmica e da decisão do governo de Minas de suspender todas as provas do PAAE, a Secretaria de Estado da Educação anunciou ontem que vai criar um conselho para analisar todos os exames a serem aplicados na rede pública de ensino. O grupo será formado por profissionais da própria secretaria, conforme fontes do governo. O conselho será responsável por barrar questões consideradas inadequadas por apresentarem, por exemplo, conotação religiosa, racial ou ideológica.
Nessa sexta-feira, o bloco de oposição ao governo de Antonio Augusto Anastasia (PSDB) na Assembleia enviou ofício à presidente da República, Dilma Rousseff (PT), relatando o episódio da charge utilizada na prova do PAAE. O bloco também quer acesso ao banco da questões da prova para saber se existem outras questões com conteúdo difamatório contra o PT e seus integrantes.
O autor da questão criticada pelo PT, o professor de História Frederico Pinho, nega que a charge tenha sido adulterada por ele ou por alguém do governo do estado com a intenção de prejudicar a imagem de Lula e do PT. Segundo ele, a charge foi retirada por ele de um site que publica desenhos de cartunistas de todo o Brasil. “Essa charge nunca foi modificada por mim. Alguém pode ter feito essa modificação antes de publicá-la no site, mas não fui eu”. A polêmica charge foi retirada por Frederico de um site que não está mais em funcionamento e que era mantido por um cartunista do Paraná, Alberto Benett, colaborador do jornal Gazeta do Povo. Benett conta que inseria neste site esboços e desenhos não publicados em órgãos de imprensa feitos por cartunistas de diversos locais do Brasil, entre eles o autor da charge publicada na prova. “Esse professor deve ter pegado, sem autorização do Jean, um esboço de um desenho dele que publiquei no site em 2007. Se tivesse pedido autorização, poderia ter evitado toda essa polêmica”, conta Benett.
Depois de tanta polêmica e da decisão do governo de Minas de suspender todas as provas do PAAE, a Secretaria de Estado da Educação anunciou ontem que vai criar um conselho para analisar todos os exames a serem aplicados na rede pública de ensino. O grupo será formado por profissionais da própria secretaria, conforme fontes do governo. O conselho será responsável por barrar questões consideradas inadequadas por apresentarem, por exemplo, conotação religiosa, racial ou ideológica.
Nessa sexta-feira, o bloco de oposição ao governo de Antonio Augusto Anastasia (PSDB) na Assembleia enviou ofício à presidente da República, Dilma Rousseff (PT), relatando o episódio da charge utilizada na prova do PAAE. O bloco também quer acesso ao banco da questões da prova para saber se existem outras questões com conteúdo difamatório contra o PT e seus integrantes.
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