Porto Velho (RO) - Os trabalhadores da usina Jirau, em Rondônia, aprovaram em assembleia geral nesta segunda-feira (11) as propostas emergenciais obtidas em negociação entre sindicalistas e a construtora Camargo Corrêa.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, esteve em Jirau e Santo Antônio para inspecionar as obras. Os operários estavam há 26 dias em paralisação em protesto contra más condições de trabalho.
Eles retornaram ao canteiro de obras com a condição de 5% de antecipação salarial, aumento para R$ 132 no valor da cesta básica e direito de licença de cinco dias a cada três meses trabalhados com passagens de avião até as capitais. Há ainda alteração da empresa que garante o auxílio-alimentação, além de opção de plano de saúde, e abono de 50 horas aos trabalhadores alojados e que continuaram realizando manutenção no período em que a obra permaneceu parada.
A proposta foi negociada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Madeira (Conticom) e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia (Sticcero).
O secretário de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas, alerta que, a exemplo da decisão dos trabalhadores em Santo Antônio no último dia (4), o retorno ao trabalho pode ser temporário caso as construtoras não cumpram o acordo. “Voltaremos ao confronto se não houve disposição em negociar melhoras nas condições de trabalho”, disse.
Vagner Freitas (centro) e camaradas da CUT, falam para os trabalhadores |
Durante a visita, Lupi recebeu relatos e denúncias a respeito das condições de trabalho. Os problemas serão pauta de reunião entre o ministro e a CUT ao final do dia.
Os trabalhadores de Santo Antônio também aprovaram propostas semelhantes às de Jirau, negociadas com a construtora Odebrecht, CUT e sindicatos ligados à construção civil.
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