O Brasil está interessado em “absorver” a inovação tecnológica gerada em Portugal “nos últimos anos”, sobretudo nas áreas das energias renováveis e da mobilidade eléctrica, afirma o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Minas Gerais, Nárcio Rodrigues.
Depois de conhecer o projecto da rede eléctrica inteligente da EDP InovCity/Smart Grid, de que a cidade de Évora é o “tubo de ensaio”, o governante disse que “o Brasil pode ser um ‘parque’ a absorver estas tecnologias, extremamente úteis ao mundo moderno”.
Lembrando a actual crise Nárcio Rodrigues garantiu que “é hora” de o Brasil agir “de forma solidária com Portugal”.
Portugal “avançou muito, nos últimos anos, na inovação tecnológica, especialmente nas energias renováveis”, disse o governante, apontando igualmente o carro elécrico como “uma experiência portuguesa que vai servir para o mundo”.
“Não vejo nenhuma dificuldade em que possamos avançar com a transferência destas tecnologias para o Brasil, num ambiente de parceria que pode permitir que sejam aplicadas lá, com resultados para ambos os países”, sublinhou.
Garantindo que Minas Gerais é “o Estado mais português do Brasil”, Nárcio Rodrigues destacou que o projecto da construtora aeronáutica brasileira EMBRAER que está a edificar duas fábricas em Évora também é um elo comum com esta cidade alentejana.
“Assinámos um acordo para a criação de um gabinete de engenharia da EMBRAER para o desenvolvimento de novos produtos” e, no Brasil, é o “primeiro escritório” da empresa “fora do Estado de São Paulo”, explicou.
O secretário de Estado frisou que, para Minas Gerais, a presença da EMBRAER “é um valor agregado”, sendo que o mesmo vai acontecer em Évora: “É bom para a EMBRAER, é bom para Évora, porque são ambas marcas muito fortes”.
O projecto da rede elétrica inteligente da EDP também foi alvo de elogios de Nárcio Rodrigues, que referiu que decorre no seu estado um estudo similar e que “não há hoje cidade no Brasil” que não queira “ter o sistema de Smart Grid implantado”.
“Podemos ‘beber’ muita da experiência que a EDP teve ao formatar o projecto InovCity aqui e tenho a certeza que muitos outros países virão buscar esta experiência para a aplicarem nas suas localidades”, disse.
Fonte: Ciência Hoje
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