Ao anunciar que paralisariam as atividades em todo o Estado, os policiais militares preocuparam milhares de cidadãos. O medo era de que, com a ausência das viaturas e rondas por áreas consideradas de risco, a violência aumentasse ainda mais.
“Se já tem tragédia com eles na rua, imagina sem. Agora estamos à mercê dos ladrões, que vão correr soltos na cidade”, falou em voz alta a doméstica Ana Maria da Conceição, que aguardava um ônibus na Avenida Perimetral, bairro da Terra Firme.
Próximo ao local, o posto de policiamento comunitário, de responsabilidade da Polícia Militar, funcionava normalmente, mas com o efetivo reduzido. O que se repetia em diversos pontos da cidade. Locais que usualmente abrigavam viaturas da PM estavam vazios e, mesmo circulando pela cidade, os veículos eram encontrados com pouca frequência.
“Vi umas três passando até agora (11h de ontem), mas ainda acho complicado. A Terra Firme, por exemplo, melhorou muito de uns anos pra cá, mas não dá pra aliviar que volta tudo de novo”, comentou Benedito Santiago, comerciante.
Outros bairros com altos índices de violência também seguiam a rotina, com cuidados incorporados à sensação de insegurança. “Não dá pra ficar trancada em casa porque temos os nossos compromissos. Mas vou evitar ao máximo locais que sei que são perigosos e andar com algo de valor”, disse a estudante Gabrielle Nascimento, moradora do bairro da Cremação. Em vários estabelecimentos comerciais, quem já tinha colocado grade tratou de utilizá-la.
Diário do Pará.
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