O ano de 2012 começa com perseguições aos cristãos do norte da Nigéria e com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, 48 anos e no cargo desde abril de 2010, a esmagar a democracia, com controle de jornais, televisões, perseguições a juízes, fim da autonomia do Banco Central e abertura para comportamentos antissionistas. Tudo, aliás, com base na nova constituição da Hungria (foi excluída a expressão República da Hungria) que acaba de entrar em vigor.
Na Nigéria, o governo do presidente Goodluck Jonathan não consegue impedir as ações terroristas de extremistas islâmicos conhecidos por Boko Haram e que se apresentam como ligados à rede da Al Qaeda-Central, fundada e já dirigida pelo eliminado Osama Bin Laden.
Só em 2011, os terroristas da Boko Haran mataram 500 cristãos. A última tragédia ocorreu no dia de Natal, com 49 mortos e dezenas de feridos. No dia de Natal, os Boko Haram colocaram bombas em diversas igrejas Católicas e, em pleno culto, detonaram os explosivos.
Ontem, o porta-voz dos milicianos do Boko Haram deu um ultimato às comunidades cristãs que vivem no norte da Nigéria. Em dialeto hausa, avisou que os cristãos terão 3 dias para deixar todo o norte da Nigéria e serão massacrados caso não obedeçam ao ultimato.
Esse grupo de fanáticos, –que pratica atos de terror encapuzados e fortemente armados –,é chamado pela população nigeriana de Boko Haram, que significa, na língua hausa, “proibição à educação ocidental”.
O grupo Boko Haram atua na Nigéria desde 2009.
No sábado passado, o governo decretou estado de emergência no norte do país.
Para o secretário da Action Congresso of Nigéria, Alhaji Lai Mohamed, nada vai adiantar enquanto a sociedade civil não se engajar na guerra contra o terror dos milicianos do Boko Haram.
Os parlamentares que se manifestam contrários ao Boko Haram são considerados traidores, o que significa condenação à morte pelos extremistas.
O húngaro Viktor Orban é conhecido pela luta que conduziu à derrubada do regime comunista no seu país.
Pela segunda vez (a primeira faz dez anos), Orban, –que se apresenta como social-democrata–, chegou à condição de chefe do governo do seu país. Ele também já foi europarlamentar.
O seu segundo mandato de premier começou em abril de 2010 após derrotar nas eleições uma coalizão oposicionista.
Com a nova carta Constitucional, Orban pode se perpetuar no poder. Para isso, com a modificação constitucional, precisará apenas de 1/3 dos votos dos parlamentares. No momento, ele pressiona pelo afastamento de 300 magistrados dados como incômodos ao regime. Pelas novas regras constitucionais, toda a mídia está sob direto controle do governo, que tem poderes para proibir publicações e cassar as autorizações para circulações.
Orban já virou preocupação para a União Européia. O parlamento Europeu, em 16 de janeiro próximo, promete uma ofensiva contra as inclinações autoritárias de Orban e em resposta aos cerca de 100 mil húngaros que saíram em protesto pelo centro de Budapeste no final de semana.
Para Martin Schultz, que será o próximo presidente do euro-parlamento, a nova Constituição da Hungria afronta os princípios fundamentais da constituição da União Européia. Assim, ele pedirá que se aplique a sanção prevista no artigo 7º. Do Tratado de Lisboa, ou seja, a suspensão do direito de a Hungria votar.
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