Deputado Carlos Bordalo: a culpa foi da chuva.. |
Não adianta o deputado Bordalo (fotoa cima) jogar a culpa na nossa tradicional chuva que enfeitou Belém neste belo domingão de carnaval; preciso é aceitar que a metade, eu disse a metade da militância petista mandou um recado bem claro para os seus dirigentes neste importante dia de festa e reafirmação democrática, dizendo com todas as letras que, não estar satisfeita com o atual momento e com o rumo que o Partido dos Trabalhadores vem navegando no Pará.
Agora não é bom o momento para entrar no mérito, porém mais que nunca, é preciso aparecer dirigentes com coragem para corrigir rumos e métodos e mudar, para evitar expor para a sociedade este tipo de falso descaso, claramente um ato de protesto.
Uma das mais visíveis e doloridas espinhas atravessadas na garganta de boa parte dos ausentes á votação neste primeiro turno das prévias de ontem (22), reside na inversão de valores tradicionais por parte da atual núcleo dirigente, que quebrou a tradição sagrada e deixou de avaliar como fazia antigamente, todos os embates da legenda, através de plenárias setoriais e distritais, para tirar 'solidariamente' futuras lições.
A decisão de não debater a desastrosa derrota nas eleições de 2010, deixou basicamente, a maioria da militância ressentida, sim, e incomodada; porque durante o governo passado foi apartada e ignorada em sua importância pelo núcleoduroduríssimo dos cinco, gente que dava friamente as cartas no governo estadual petista;que perdeu, não prestou conta e não deu confiança para ninguém, tendo a direção estadual apalermada deixado 'tudo por isso mesmo'.
Esta dívida existe e, agora nas prévias, esta sendo silenciosamente cobrada, com chances de ser repetida no próximo PED.
Portanto a grande bronca da militância, agora 'amuada'( como dizem no Marajó), reside nesta falta dessa satisfação devida e negada á boa massa petista, e não tanto por contas dos erros políticos e não políticos, ocorridos durante o governo Ana Júlia.
Mesmo porque, não se pode negar que, neste período - somente com muita má fé, ou litigâncias outras - ocorreram benefícios importantes e avanços no Estado;
conquistas dantes inalcançáveis,impensáveis, especialmente em nível de investimento em infraestrutura e inclusão social. Legado bom, que da régua e compasso ao tucanos sortudos.
O deputado federal Cláudio Puty (foto acima), da tendência Democracia Socialista, tem as cartas; esta agora jogando o jogo que deve, tem e pode ser jogado; deseja em nível interno ocupar espaços importantes junto a segmentos dispersos que estão á espera de comando e rumo, juventude e lideranças ligadas á setores dos movimentos sociais, entre outros...
Em nível externo, Puty deseja ganhar visibilidade estadual e se firmar no imaginário desta nova militância cooptada juntamente com a DS, na condição de petistapurosangue e grande cruzado anti-barbalhista.
Vai disputar a preferencia petista num segundo turno de votação com o vereador Alfredo Costa, da Unidade da Luta, que vem possivelmente, aliado com a AS do deputado Bordalo, para definir quem será o candidato do PT à sucessão do prefeito Duciomar Costa, uma vez que nenhum dos candidatos obteve os sonhados 51 por cento dos votos.
Confira abaixo o resultado.
Puty : 1.535 (41,68%);
Alfredo: 1.274 (34,59%);
Bordalo: 774 (21,02%.
Fabio Pessoa 51 (1,38%);
Paulo Gaya: 30 (0,81%),
João Moraes:19 (10,52%).
Caro Bueres,
ResponderExcluirEm eleição onde a presença é facultada a abstinência sempre será alta, mesmo em se tratando de militância partidária. No Brasil nas eleições para as diversas instâncias de poder temos uma abstenção pequena, na ordem de 20 a 25%, em razão de penalidades. Mas se o voto fosse facultado provavewlmente chegaríamos ao nivel dos EUA, que é bem baixa e só subiu um pouquinho na eleição de Obama, principalmente em razão do esforço da rede social. Portanto, não vejo justificativas outras senão o comodismo, a falta de formação e discussão política, etc. As prévias foram importantes para a motivação e unidade do partido, cuja militância estava apática e ressentida. Isso ficou evidenciado nas discussões. Mesmo as questões que alguns grupos não queriam discutir foram tocadas, embora sem muito aprofundamento. Mas foi válido, de vez que alguns fatos vieram a tona, e possibilitou a boa parte da militância compreender que políticas nacionais algumas vezes se sobrepõem às locais. De resto ficou o comprometimento dos pre-candidatos de elaborar o programa de governo Municipal em discussão com a militância, e em caso de vitória, trabalhar para o fortalecimento das entidades de bairro e governar com a militância, sem que isso signifique o empreguismo e sim a adoção de políticas públicas para a maioria.
Buere,o PT tem tudo para se rearticular e surpreender na capital. Até o fator Edmilson Rodrigues, que até pouco tempo era uma grande preocupação com relação a migração de votos, deixou de existir. Essa ilusão idiota acabou.Digo isso, porque já é bem visível uma nova tomada de consciência e rearticulação em Belém, graças ao ciclo de encontros que as prévias favoreceu nos distritos,coisa que estava precisando acontecer que foi um gás que fez resgatar o nosso orgulho 'de ser' PT.Não existem mais roupas sujas á serem lavadas entre a companheirada;isso é preocupação com o passado e nos só queremos agora é cuidar do presente.Quanto a ausência nas urnas,o toró influenciou pra caramba a presença do grosso da companheirada nessa cidade que é um caus; e isso é preciso encarar como natural. já te disseram que isso nunca foi um meio de medir humor, agrado ou mágoa em partido nenhum do mundo.Pode contar que atá outubro o PT estará refeito e pronto para no segundo turno fazer um papel bonito.
ResponderExcluirParabéns Boueres, voce cantou a pedra antes de acontecer.Mas não era surpresa para ninguém que a galegagem iria se reunir em torno do candidato comportadinho pertencente a pelegagem.
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