Acre
| A partir de um erro de grafia de Aquiri, um
rio da região (origem documentada); Pode ser derivado da palavra tupi
a'kir ü que significa "rio verde". Não é relacionado à unidade de
medida territorial acre. |
Alagoas
| De alagoa, um campo alagado ou brejo. O dicionário Aurélio
registra "alagoa" como uma variação de "lagoa". A forma "alagoa"
aparece nos nomes concorrentes das lagoas Manguaba e Mundaú (aquela,
"alagoa do sul", e esta, "alagoa do norte") já no século XVI, quando
se fundam, perto, os núcleos de povoamento de Alagoa do Norte e
Alagoa do Sul, chamados "as Alagoas", com inclusão dos demais núcleos
de povoamento da área. |
Amapá
| Do aruaque amapá, "fim da terra" (documentado no relato de
Sir Walter Raleigh sobre sua viagem às Guianas como Terra da
Amapaia). O Dicionário Aurélio chama de "amapá" a espécie
Parahancornia amapa, da família das apocináceas. |
Amazonas
| A partir do rio Amazonas, que por sua vez foi batizado por
exploradores espanhóis que relataram ter encontrado mulheres
guerreiras ao longo do rio e associaram-nas às amazonas da mitologia
grega (cuja etimologia é controversa: supunha-se que extirpavam um
dos seios para manejar melhor o arco por isso em grego seriam
chamadas de a- mastos, "sem seios", mas não há comprovação
iconográfica de tal teoria; atualmente, a etimologia mais aceita é a
de origem iraniana ha-mazan, "lutando juntas" ). |
Bahia
| De bahia, a grafia arcaica de baía. O nome real da
província no período colonial era Bahia de Todos os Santos, por ter
sido descoberta em 1º de novembro, Dia de Todos os Santos. |
Ceará
| Capistrano de Abreu afirma que Ceará se originou da
aglutinação das palavras indígenas dzú (água) e erá (verde). Sua
pronúncia em português seria Siará e seu significado “água ou rio
verde”; O escritor José de Alencar, conhecedor da língua tupi,
afirma que Ceará se deriva de Siará, que significa “onde canta a
Jandaia”; O historiador João Brígido, Ceará antigamente se escrevia
Siará. A grafia atual vem da corruptela da palavra tupi Siri-Ará, que
vem de Siri (=andar para trás) + Ará (=branco); (Coluna do Sérgio
Nogueira - G1, via Webcache do Google). |
Distrito Federal
| Sentido literal, por ser esta unidade um distrito à parte
da federação e durante mais de um século (1889-1990) administrado
diretamente pela União (Governo Federal). O antigo nome, na época do
Império, era Município Neutro (1834-1889), mas o tratamento corrente
chamava a cidade de Corte Imperial (assim como "Capital Federal"
entre 1889 e 1934). |
Espírito Santo
| Sentido literal. Surge a partir da devoção a uma das
pessoas da Trindade Santa de acordo com o cristianismo, isto é, uma
das manifestações em substância de Deus, qual seja o Espírito Santo
(veja Deus Pai, Deus Filho - Jesus Cristo -, e Espírito Santo de
Deus). |
Goiás
| Dos goiases, uma tribo do Centro-Oeste do Brasil. A origem
do topônimo Goiás (anteriormente, Goyaz) é incerta e necessita de
pesquisas mais aprofundadas. Usualmente, afirma-se que o termo viria
da suposta tribo dos índios Goiases que teria habitado a região
próxima a Cidade de Goiás e se extinguido rapidamente. Entretanto,
não há qualquer vestígio físico ou imaterial da existência real de
tal tribo. |
Maranhão
| A partir da grafia hispânica Marañón, cognato de mpará-nã
(em tupi, "rio largo", ou seja, mar), em referência ao rio Amazonas,
tão largo que de uma margem não se avista a outra. Marañón era como
os espanhóis se referiam a toda a bacia amazônica no período
colonial. Em português também se apelida o rio Amazonas como
"rio-mar". Apesar de o atual Maranhão não abranger o Amazonas, o nome
recai sobre o estado porque entre 1621 e 1709, todo o norte do
Brasil foi agrupado sob o Estado do Maranhão, com capital em São
Luís, a partir de uma iniciativa da administração espanhola sob a
União Ibérica. |
Mato Grosso
| Sentido literal, por causa da vegetação densa na região. |
Mato Grosso
do Sul
| Derivado do anterior, por ser a porção meridional (sul) que se separou em 1977. |
Minas Gerais
| Sentido literal, por abrigar campos de extração de
inúmeros minérios, principalmente ouro, diamante e ferro, além de gemas e
pedras preciosas. A província era originalmente parte de São Paulo e
era conhecida como "Terra dos Goytacazes/Goitacases", por referência
aos índios antropófagos que habitavam a região. No início do século
XVIII, porém, exploradores começaram a encontrar ouro e outros
minérios preciosos e houve um afluxo migratório (corrida do ouro) na
região. O episódio levou à Guerra dos Emboabas. Em 1709, a Coroa
Portuguesa estrategicamente separou o território das Minas e o pôs
sob seu controle direto (Capitania de São Paulo e das Minas, depois
Capitania das Minas de Ouro e, mais tarde, com o acréscimo de outros
minérios, Capitania das Minas Gerais). Até hoje a mineração é
atividade de papel primordial no estado. |
Pará
| Do tupi pará (rio), em referência ao estuário do rio Amazonas. |
Paraíba
| Do tupi pará (rio) + ayba (ruim; no sentido de impróprio à
navegação) ou então pará + yba[ka] (céu) ("rio do céu",
provavelmente metáfora para "céu azul"). |
Paraná
| Do tupi mparanã (literalmente, "rio largo", referência ao mar), por causa da largura do rio Paraná. |
Pernambuco
| Do tupi mparanã (mar) + mbuka (oco), em referência aos
arrecifes que se formam no litoral do estado; a mesma formação batizou a
capital do estado, Recife. |
Piauí
| Do piau (uma espécie de peixe de água doce) + y (água), donde "rio dos piaus". |
Rio de Janeiro
| Sentido literal, por ter sido descoberto no dia 1º de
janeiro de 1502 por Américo Vespúcio, e por julgar-se que a baía da
Guanabara fosse a foz de um rio. Na geografia da época, os
portugueses não distinguiam estuários de baías, além de estarem
acostumados ao formato da baía do Tejo em Lisboa, que se assemelha ao
da Guanabara. |
Rio Grande
do Norte
| Sentido literal, sem que se saiba ao certo a qual rio da região se fazia referência. |
Rio Grande
do Sul
| Sentido literal, por julgar-se que a Lagoa dos Patos,
de formato longo e estreito, fosse um rio (de fato, abriga a foz do rio
Guaíba). A lagoa foi o local do estabelecimento da primeira colônia
no estado, na atual cidade de Rio Grande. |
Rondônia
| Em homenagem ao Marechal Cândido Rondon, explorador da região. |
Roraima
| Do ianomâmi roro imã, que de acordo com determinadas fontes significa "montanha trovejante". |
Santa Catarina
| Em homenagem a Santa Catarina de Siena, reverenciada
tanto por portugueses e espanhóis (o estado foi colonizado
principalmente por açorianos). |
São Paulo
| Assim
batizado pelo colégio (monastério) jesuíta de São Paulo de
Piratininga. Durante os primeiros três séculos, a cidade era conhecida
como Piratininga — que por sua vez deriva de pirá (peixe) + tininga
(seco), donde "peixe seco", em referência ao rio Tietê — e a
capitania como São Paulo. O uso do hagionímico para ambos só se
consolidou no século XVIII. |
Sergipe
| Do tupi siri (siri) + jibe (riacho, córrego, ribeirão),
donde "riacho dos caranguejos"; outra etimologia se refere a um
cacique local, Serijipe, mas cujo nome teria a mesma origem. |
Tocantins
| Do tupi tukan (tucano) + tin (nariz), donde bico de
tucano, em referência à confluência dos rios Araguaia e Tocantins,
que tem um formato curvo que lembra o bico da ave; a região também é
chamada de "Bico do Papagaio". |
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