Narrativa com imagens, de 2 minutos e meio, é uma
das peças finais da campanha do PT no horário eleitoral; em tom poético,
locutor declama fala em união de brasileiros de 'todas as raças'; peça é
vista como fecho de 'paz e amor' para campanha dura; mas tucanos do
PSDB adotam linha de inconformismo; coordenador Alberto Goldman fala em
crise institucional em caso de vitória do PT; terceiro turno
programado?.
247 – Como um antídoto para evitar o que se conhece
por 'terceiro turno' – o acirramento da oposição dos perdedores sobre os
vencedores nas urnas, em lugar da aceitação democrática do resultado – o
PT tem adotado, há alguns dias, programas de Dilma Rousseff em tom de
união nacional.
- Que venham os novos tempos de esperança (...). Que fiquem no
passado os nobres que não sabem dividir, a minoria que pisa e desdenha
(...). Que venha o futuro, diz o locutor. Nas imagens, cenas já
apresentadas no programa eleitoral petista. O destaque ficou para a
recuperação parcial do polêmico comercial político petista que mostrava
famílias hoje na classe média mas enxergavam suas próprias imagens no
passado, enfrentando fome, desemprego e abandono social.
Não há referências críticas ao candidato Aécio Neves e ao PSDB. Da
parte dos tucanos, no entanto, o discurso dos principais líderes é de
acirramento da oposição.
Enquanto o próprio Aécio declarou que "esta foi a campanha mais suja desde a redemocratização do País", o coordenador da campanha tucana em São Paulo deu uma mensagem de risco institucional para o caso da reeleição de Dilma:
- A pergunta que qualquer pessoa intelectualmente honesta deve se
fazer é se com esse perfil político do eleitorado, ainda que vitoriosa
nas urnas, Dilma teria condições de governar o Brasil?, perguntou
Goldman em artigo.
O atual vice-presidente do PSDB acredita que os votos do PT estão
localizados nas áreas economicamente mais carentes, nas quais os
programas sociais do governo têm mais peso entre a população.
- O Brasil do trabalho formal, produtivo, dos seus trabalhadores e
empresários, no campo e na cidade, o Brasil da cultura e da tecnologia -
essa é, de fato, a elite brasileira - rejeitou, por ampla maioria, o PT
e sua candidata, demarcou Goldman, referindo-se ao resultado do
primeiro turno.
Com vantagem numérica, agora, nas pesquisas de opinião, o PT e seu
comando tentaram introduzir nas peças publicitárias uma resposta a esse
tipo de argumento:
- Somos todos, somos mistos, somos negros, somos índios sim, somos
pardos, brancos, vermelhos, azuis e amarelo, somo arco-íris, diz o
locutor, em tom emocionado.
O comando da campanha petista está preocupado com a reação tucana aos
resultados, especialmente porque o partido tem militantes e influência
em posições de destaque da mídia tradicional. Acredita-se entre os
principais auxiliares de Dilma que, desde agora, o partido deve se
preparar para proteger, institucionalmente, a presidente após o próximo
domingo.
Incrivelmente lindo e inspirador, isso lembra um comentário meu ao dizer a Dilma, nesses momentos de intenso ódio que ronda essa campanha, a unica forma de vencer esse ódio é estender uma ponte de paz e amor para desarma los, maravilhoso e muito emocionante!
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