Aécio Ferreira da Cunha — pai de Aécio Neves, candidato à presidência pelo PSDB — exerceu diversos cargos públicos ao longo da vida. Foi duas vezes eleito deputado estadual e seis vezes
deputado federal. Além disso também integrou o conselho do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social(BNDES).
Morto em 2010, o último cargo que exerceu em vida foi a partir de uma nomeação realizada pelo
governo de Minas Gerais no Conselho de Administração da Companhia Energética de MG (Cemig)
durante a gestão do filho como governador.
Na ata da nomeação ao qual o DIA teve acesso consta que na reunião do dia quatro de junho de 2003,
primeiro ano de governo de Aécio, Cunha foi um dos escolhidos para integrar o conselho da empresa.
O nome dele está relacionado em uma lista de oito “eleitos pelo acionista Estado de Minas Gerais”.
Outros dois acionistas privados elegeram mais seis conselheiros. A remuneração paga para o
comparecimento a uma reunião mensal, conhecido como jeton, é atualmente de R$ 6.090,91.
A Cemig é uma empresa de economia mista e de capital aberto, com mais de 130 mil acionistas
particulares brasileiros e internacionais. No entanto, o governo mineiro possui a maioria das ações. O
pai de Aécio Neves trabalhou no conselho entre 2003 e 2009 — mesmo período em que o tucano era
governador do estado.
Procurada, a Cemig disse que os membros do Conselho de Administração são eleitos pelos acionistas
da companhia em Assembleia Geral. “Não existe conflito de interesse”, informou por meio de nota.
Aécio Neves disse também, por nota, que o pai foi escolhido de forma “transparente” e por
“unanimidade”. Ele morreu aos 83 anos de insuficiência hepática.
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