Jornal GGN
Enquanto a presidente da Sabesp se diz esperançosa de que vai chover nos próximos dias, a estiagem e o desmazelo de gestão da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo apresentam um quadro preocupante para o Estado. Em Campinas, a 93 km de São Paulo, a população já está sofrendo com o desabastecimento de água.
Em outras regiões o problema não é minimizado. Nas manchetes dos jornais, de hoje, o quadro fica um tanto mais preocupante, com admissão, por parte da Sabesp, de que a água pode acabar em novembro e de que o segundo volume morto já está sendo usado.
Em outras regiões o problema não é minimizado. Nas manchetes dos jornais, de hoje, o quadro fica um tanto mais preocupante, com admissão, por parte da Sabesp, de que a água pode acabar em novembro e de que o segundo volume morto já está sendo usado.
1/4 da população de Campinas está desabastecida
Sem previsão de melhora nos próximos dias, Campinas (a 93 km de SP) tem hoje um quarto da
população desabastecida.
Desde sexta (10), a falta de água atingiu de 20% a 50% da população. A Sanasa (empresa de água e
Desde sexta (10), a falta de água atingiu de 20% a 50% da população. A Sanasa (empresa de água e
esgoto) continua negando que haja rodízio ou racionamento na cidade de 1,1 milhão de habitantes.
A justificativa é que "nenhum bairro ficará sem água por mais de 12 horas" e que há apenas
A justificativa é que "nenhum bairro ficará sem água por mais de 12 horas" e que há apenas
"problemas pontuais".
A reportagem percorreu bairros de diversas regiões e constatou que há moradores há dias sem água na
torneira. O Jardim Santo Antônio, na periferia, é um dos mais prejudicados.
"A água chegou à casa de um colega e eu fui encher um galão para lavar louça e tomar banho", diz o
"A água chegou à casa de um colega e eu fui encher um galão para lavar louça e tomar banho", diz o
porteiro Eliélcio Sampaio, 26, que ontem andou mais de 1 km com 20 litros nas costas. Estava sem
água desde sexta.
"Desde segunda eu não cozinho porque a louça está toda suja. O banheiro não dá nem para entrar."
Anteontem, dois protestos no bairro forçaram a Sanasa a enviar caminhões-pipa para abastecer as casas.
Anteontem, dois protestos no bairro forçaram a Sanasa a enviar caminhões-pipa para abastecer as casas.
Ontem, a empresa interrompeu o fornecimento em outros bairros para que o Santo Antônio recebesse
água.
"Não tem rodízio. Estamos atendendo pontualmente onde tem falta de água, de acordo com a
demanda", afirma Marco Antônio dos Santos, diretor-técnico da Sanasa.
A empresa diz que há 20 caminhões-pipa que socorrem bairros mais afetados.
A empresa diz que há 20 caminhões-pipa que socorrem bairros mais afetados.
A Sanasa capta água dos rios Atibaia e Capivari, que estão com vazões muito baixas e água de qualidade ruim.
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