Jornalista diz que candidato do PSDB "não deixa
dúvidas que gostaria de dar um cavalo de pau na política internacional
estabelecida pelo PT"; sob a gestão de FHC, segundo o colunista, ela
"funcionava como apêndice dos interesses norte-americanos", mas teve
esse processo interrompido quando Lula assumiu o poder; "Abriu-se espaço
para uma outra estratégia de crescimento, na qual o Brasil tornou-se
peça decisiva", ressalta; Breno Altman resgata o episódio em que o
diplomata do governo tucano Celso Lafer tirou os sapatos ao chegar aos
EUA, diante de exigências das autoridades de segurança, aceitando assim
"o ultraje colonial contra o país que deveria representar com altivez",
para dizer que Aécio Neves pretende fazer o mesmo com o governo
brasileiro.
Mr. Cucaracha Never |
O candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, "não deixa dúvidas que gostaria de dar um cavalo de pau na política internacional estabelecida pelo PT". A opinião é do jornalista Breno Altman, que escreve no blog feito em parceria entre o 247 e o portal Opera Mundi. Ele ressalta que, sob o governo de Fernando Henrique Cradoso, "a política internacional brasileira funcionava como apêndice dos interesses norte-americanos, submetida à estratégia econômica do governo tucano".
Altman afirma, porém, que esse processo "foi bloqueado" com a eleição
de Lula como sucessor de FHC e Hugo Chávez na Venezuela. "A ALCA foi
fulminada no novo cenário. Abriu-se espaço para uma outra estratégia de
crescimento, na qual o Brasil tornou-se peça decisiva", diz ele. "Talvez
em nenhuma outra questão foi tão profunda a mudança conduzida pelas
administrações petistas. O centro da política internacional passou a ser
o esforço para a integração autônoma da América Latina, como espaço
prioritário para a consolidação da própria economia brasileira",
acrescenta.
"A verdade é que o programa tucano representa alternativa antagônica
ao curso seguido por Lula e Dilma em política internacional", afirma
ainda Breno Altman. Segundo ele, "a eventual eleição de Aécio Neves
teria fortes consequências regionais, provavelmente abalando o atual
desenho geopolítico latino-americano e enfraquecendo o diálogo sul-sul.
Não é à toa a torcida descarada e pró-tucano das elites financeiras
internacionais e seus meios de comunicação".
O jornalista traz à tona o episódio em que o diplomata Celso Lafer,
durante o governo tucano, tirou os sapatos ao chegar aos Estados Unidos
em missão oficial, diante de exigências das autoridades de segurança.
"De meias, aceitou o ultraje colonial contra o pais que deveria
representar com altivez", opina Altman, fazendo um paralelo com as
intenções de Aécio. "Os centros imperialistas de poder não querem outra
coisa: o Brasil, novamente sem sapatos, facilitaria enormemente a
manutenção de sua hegemonia planetária".
Fonte 247
Leia a íntegra em Aécio deixaria Brasil sem sapatos
Nenhum comentário:
Postar um comentário