Theatro da Paz - Belém do Pará, capital Cultural da Amazônia |
O XI Festival do Theatro da Paz começa no próximo dia 17 de outubro, trazendo três grandes óperas, concertos e master class, numa programação que se estende, este ano, até o dia 1º de dezembro.
Os ingressos começam a ser vendidos na bilheteria do teatro a partir do dia 8 de outubro e as pessoas que não residem no Estado, interessadas em ver “Cavalleria Rusticana”, “João e Maria” e “Salomé” podem enviar e-mail para bilheteriatp@supridados.com.br , a partir da mesma data, e garantir os seus. Os valores variam entre 20 e 60 reais.
Este ano a bilheteria vai funcionar às segundas-feiras e no dia 12 de outubro, mesmo sendo feriado, também estará aberta. Em fase de preparativos, os cenários da ópera que abre e a do que encerra o evento estão sendo construídos em Belém, assim como todo o coro, com 60 vozes, inúmeros solistas e músicos também são paraenses.
Programação
A décima primeira edição do tradicional Festival de Ópera do Theatro da Paz terá uma programação bem mais longa que nos anos anteriores: começa dia 17 de outubro, logo após o Círio de Nazaré, e só terminará dia 1º de dezembro. “Esperamos que este seja o melhor de todos os festivais realizados até agora. A programação musical, a escolha dos solistas e dos maestros convidados, além do tradicional e consolidado apoio do público, nos permitem acreditar que o evento será um enorme sucesso”, diz Gilberto Chaves, diretor geral do evento.
O festival será aberto com uma das mais famosas óperas de todos os tempos: “Cavalleria Rusticana”, de Pietro Mascagni, que traz os cantores Laura de Souza, Rinaldo Leone, Alfa de Oliveira, Rodolfo Giugliani e Luciana Tavares nos papeis principais. A regência será do maestro italiano Gian Luigi Zampieri e a direção cênica do premiado Iacov Hillel. “Cavalleria é uma das óperas que mais vezes foi encenada no Theatro da Paz. A primeira montagem em Belém aconteceu em 1892, apenas um ano depois de ter sido composta. Mas as novas gerações nunca puderam vê-la aqui”, conta Gilberto Chaves.
A segunda ópera do Festival será “João e Maria”, com direção de Flávio de Souza, regência do maestro Jamil Maluf e os solistas Luciana Bueno, Laryssa Alvarazi, Regina Helena Mesquita, Adriana Clis, Leonardo Neiva, Luciana Tavares e Aliane Sousa. Trata-se da ópera de maior sucesso de público já montada no País: estreou há 11 anos e desde então já foi apresentada em diversas capitais brasileiras.
Luxuoso interior do Theatro da Paz em Belém do Pará |
A terceira ópera é o grande desafio deste ano, por causa da sua grandiosidade e complexidade musical: “Salomé”, de Richard Strauss. Conta a conhecida história da princesa que exigiu do padrasto, Herodes, a cabeça do profeta João Batista numa bandeja de prata em troca de uma dança. “É uma obra difícil de ser interpretada, cantada e tocada. Sem dúvida é a peça mais difícil que a nossa orquestra já tocou, em qualquer época”, assinala o diretor geral.
A cantora que fará o papel-título vem da Holanda. Annemarie Kremer é uma das mais disputadas sopranos européias. João Batista será vivido por Rodrigo Esteves, considerado um dos principais barítonos brasileiros da atualidade e que no ano passado participou da montagem de “Tosca” em Belém. Os demais papéis serão vividos por Paulo Queiroz, Andreia de Souza, Giovanni Tristacci, Josy Santos, Daniel Germano, Andrei Mira, Antonio Wilson Azevedo, Rodrigo Valdez, Marcos Carvalho, Marcio Carvalho, Raimundo Mira, Idaías Souto, Ytanaã Figueiredo, Nilberto Viana. Jéssica Wisniemski e Tati Helene (doppione de Salomé). A direção é de Mauro Wrona e a regência é do maestro Miguel Campos Neto.
A exemplo do que ocorreu no ano passado, quando o Festival apresentou “A Dança na Ópera”, a edição deste ano também terá um espetáculo de características inéditas: “Quando o Jazz encontra a Ópera”, apresentado pela Amazônia Jazz Band. Trata-se de um concerto de jazz montado exclusivamente com arranjos especiais de árias e temas de óperas famosas, como de “La Bohème” (Puccini), “Rigoletto” (Verdi) e “Carmen” (Bizet), dentre outras. Todos os arranjos, encomendados especialmente pela direção do Festival, são assinados por especialistas nesse gênero musical: Seguei Firsanov, Alcir Meireles, Tynnôko Costa e Nelson Neves. Além deles, também será executada a versão original de uma obra de Nino Rota.
Dois recitais merecem destaque: do baixo-barítono português Antônio Salgado e da soprano paraense Carmen Monarcha. Professor de canto – já lecionou cursos na Espanha, Itália, Inglaterra, Brasil e Áustria, além de Portugal –, Salgado participa regularmente de montagem de óperas em toda a Europa e vai apresentar em Belém um recital de canções portuguesas e brasileiras, com textos de Camões a Vinícius de Moraes.
Carmen Monarcha dispensa apresentações. Depois do enorme sucesso obtido em São Paulo (fez trinta apresentações no Ginásio do Ibirapuera como solista da orquestra de André Rieu, para um público total estimado em 200 mil pessoas), ela vai fazer em Belém um recital em homenagem aos cem anos do compositor paraense Gentil Puget.
(DOL)
Free ilustration: militanciaviva
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