A primeira vereadora de Belo Horizonte, Helena Greco, morreu na manhã desta quarta-feira aos 95 anos. A informação foi confirmada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de minas Gerais, legenda da qual ela foi uma das fundadoras. Ela exerceu o mandato pelo partido entre 1982 e 1992.
Helena nasceu em Abaeté (MG) em 15 de junho de 1916, filha do italiano Antonio Greco e da mineira Josefina Álvares Greco. Foi casada com José Bartolomeu Greco por 64 anos, e com ele teve três filhos: Marília, Heloisa e Dirceu.
Farmacêutica de formação, sem nunca ter exercido a profissão formalmente, Helena se tornou referência na luta pelos direitos humanos. Começou a militar aos 61 anos, em 1977, e não parou mais. O primeiro marco de sua participação política foi a luta pela anistia. Helena foi presidente e fundadora do Movimento Feminino pela Anistia-MG, em 1977, e do Comitê Brasileiro de Anistia-MG, no ano seguinte. Em 1979, foi a representante do Brasil no Congresso pela Anistia do Brasil em Roma.
Helena foi idealizadora e criadora de várias outras entidades, como a Coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania da prefeitura de Belo Horizonte, o Conselho Municipal da Mulher, o Fórum Permanente de Luta pelos Direitos Humanos de Belo Horizonte, o Grupo de Trabalho Contra o Trabalho Infantil e o Movimento Tortura Nunca Mais em Minas Gerais.
Em 2005, D. Helena Greco foi uma das 52 brasileiras que integraram a lista do Projeto Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz, iniciativa da Fundação Suíça pela Paz e Associação Mil Mulheres.
Fonte: Mulheres no Poder
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