Penna comemora saída de Marina do PV; desfiliação ocorre nesta 5ª
O grupo político da ex-senadora Marina Silva aguardou até o final da semana passada algum aceno, algum sinal de disposição para a negociação do presidente do PV, o deputado federal Jose Luiz Penna (SP). Mas ele se manteve imóvel, aguardando que a ex-senadora arrumasse as malas e fosse embora.
Para Penna, (foto) a partida de Marina — que saiu da eleição passada com quase 20 milhões de votos — é mais confortável que a permanência. Ele deixou isso claro dias atrás, quando integrantes da direção do partido, próximos a ele, atacaram a ex-senadora tanto publicamente quanto no interior do partido, especialmente em redes sociais da internet.
Diante de possibilidade de se apresentar como mediador, Pena preferiu o silêncio. Deixou a fogueira verde arder. Foi a gota dágua para integrantes do grupo de Marina — que ainda acreditavam em algum tipo de acordo interno.
O desenlace final é anunciado para esta quinta-feira (7), quando Marina oficializa seu desligamento — e o deputado paulista volta a conduzir o PV ao seu estilo, como faz há 12 anos. Segue ao lado do deputado Zequinha Sarney (foto) e cada vez mais sob a influência política do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, atualmente sem partido.
Os "marineiros" começaram a receber nesta segunda-feira (4) os convites para o "Encontro por uma nova Política", que deve reunir, além da ex-presidenciável, os empresários Guilherme Leal e Roberto Klabin, o ex-candidato ao Senado por São Paulo Ricardo Young, o ex-candidato ao governo de São Paulo Fábio Feldmann, o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ), o ex-candidato ao governo do Rio de Janeiro Fernando Gabeira, o ex-coordenador da campanha do PV à Presidência da República João Paulo Capobianco e o ex-presidente do diretório do PV paulista Maurício Brusadin.
Marina perde a legenda, mas não seu próprio patrimônio político. Na semana passada, quando o poderoso Partido Verde da Alemanha organizou um congresso para discutir o futuro político e ambiental, o convidado brasileiro não foi o presidente do PV do Brasil. Quem falou em Berlim em nome dos verdes brasileiros foi a ex-senadora.
A saída
A desfiliação de Marina estava prevista inicialmente para acontecer na última terça-feira, 28, mas ela foi convencida a adiar seu pronunciamento para o retorno de sua viagem à Alemanha. Para alguns interlocutores, a participação da ex-senadora num evento do PV internacional poderia fortalecê-la no Brasil e forçar um acordo com a ala de Penna. A tese se revelou descabida.
"Hoje temos o sentimento de que nós tentamos de tudo. Desejaríamos que o PV mudasse. Agora temos que respeitar os colegas que vão continuar lutando lá. Mas também há um sentimento de muito otimismo, tem muita gente nos procurando para participar deste debate", contou Brusadin.
Embora tenha saído das urnas com boa votação e ajudado a eleger 14 deputados federais, poucos (entre eles Alfredo Sirkis, na foto) devem acompanhar Marina. O motivo, de acordo com Brusadin, é o calendário eleitoral de 2012 e o fato de terem sido eleitos pelo PV em 2010 e não se sentirem seguros para deixar o partido.
"É natural que eles tenham que ficar”, afirmou. “Não estamos dando uma alternativa para eles agora (nova legenda). É evidente que a grande maioria tinha de ficar. Agora eles precisam fazer um cálculo eleitoral olhando para o calendário.”
Há dúvidas também se, mesmo apoiando o ato político de Marina, Fernando Gabeira ( abaixo, na foto com Marina) vai anunciar sua saída do PV. Gabeira tem pretensões eleitorais para 2012, assim como Eduardo Jorge (secretário municipal do Verde em São Paulo), que é cogitado pelo PV para disputar a Prefeitura de São Paulo, com o apoio de Kassab.
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Ambos precisam de uma legenda para disputar as eleições municipais. "O Eduardo (Jorge) tem o mesmo problema do (Fernando) Gabeira. É complexa a situação deles", comentou Brusadin. "Mas os que vão ficar, ficarão de forma crítica", ressaltou.
Diante de possibilidade de se apresentar como mediador, Pena preferiu o silêncio. Deixou a fogueira verde arder. Foi a gota dágua para integrantes do grupo de Marina — que ainda acreditavam em algum tipo de acordo interno.
O desenlace final é anunciado para esta quinta-feira (7), quando Marina oficializa seu desligamento — e o deputado paulista volta a conduzir o PV ao seu estilo, como faz há 12 anos. Segue ao lado do deputado Zequinha Sarney (foto) e cada vez mais sob a influência política do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, atualmente sem partido.
Os "marineiros" começaram a receber nesta segunda-feira (4) os convites para o "Encontro por uma nova Política", que deve reunir, além da ex-presidenciável, os empresários Guilherme Leal e Roberto Klabin, o ex-candidato ao Senado por São Paulo Ricardo Young, o ex-candidato ao governo de São Paulo Fábio Feldmann, o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ), o ex-candidato ao governo do Rio de Janeiro Fernando Gabeira, o ex-coordenador da campanha do PV à Presidência da República João Paulo Capobianco e o ex-presidente do diretório do PV paulista Maurício Brusadin.
Marina perde a legenda, mas não seu próprio patrimônio político. Na semana passada, quando o poderoso Partido Verde da Alemanha organizou um congresso para discutir o futuro político e ambiental, o convidado brasileiro não foi o presidente do PV do Brasil. Quem falou em Berlim em nome dos verdes brasileiros foi a ex-senadora.
A saída
A desfiliação de Marina estava prevista inicialmente para acontecer na última terça-feira, 28, mas ela foi convencida a adiar seu pronunciamento para o retorno de sua viagem à Alemanha. Para alguns interlocutores, a participação da ex-senadora num evento do PV internacional poderia fortalecê-la no Brasil e forçar um acordo com a ala de Penna. A tese se revelou descabida.
"Hoje temos o sentimento de que nós tentamos de tudo. Desejaríamos que o PV mudasse. Agora temos que respeitar os colegas que vão continuar lutando lá. Mas também há um sentimento de muito otimismo, tem muita gente nos procurando para participar deste debate", contou Brusadin.
Embora tenha saído das urnas com boa votação e ajudado a eleger 14 deputados federais, poucos (entre eles Alfredo Sirkis, na foto) devem acompanhar Marina. O motivo, de acordo com Brusadin, é o calendário eleitoral de 2012 e o fato de terem sido eleitos pelo PV em 2010 e não se sentirem seguros para deixar o partido.
"É natural que eles tenham que ficar”, afirmou. “Não estamos dando uma alternativa para eles agora (nova legenda). É evidente que a grande maioria tinha de ficar. Agora eles precisam fazer um cálculo eleitoral olhando para o calendário.”
Há dúvidas também se, mesmo apoiando o ato político de Marina, Fernando Gabeira ( abaixo, na foto com Marina) vai anunciar sua saída do PV. Gabeira tem pretensões eleitorais para 2012, assim como Eduardo Jorge (secretário municipal do Verde em São Paulo), que é cogitado pelo PV para disputar a Prefeitura de São Paulo, com o apoio de Kassab.
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Ambos precisam de uma legenda para disputar as eleições municipais. "O Eduardo (Jorge) tem o mesmo problema do (Fernando) Gabeira. É complexa a situação deles", comentou Brusadin. "Mas os que vão ficar, ficarão de forma crítica", ressaltou.
Portal Vermelho, com informações da Agência Estado
Em Tempo:
Nesta quinta-feira, no Espaço Crisantempo, no bairro de Vila Madalena, em São Paulo, Marina participará de um encontro para formação de um movimento daquilo que ela batizou, durante sua campanha, de “sociedade viva”. São intelectuais, artistas, políticos, empresários engajados no debate sobre – como ela também gosta de dizer – “de um novo jeito de fazer política”.
Uma das bandeiras dessa nova forma de exercício da política seria a da candidatura avulsa – ou seja, sem a exigência de uma filiação partidária.
O melhor exemplo de candidatura independente é a do empresário Ross Perot, em 1992, na eleição presidencial dos Estados Unidos. Ele terminou em terceiro lugar, com quase 20 milhões de votos (pouco menos de 20% do eleitorado) na disputa contra George W. Bush e o vencedor Bill Clinton.
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