AE - Agência Estado
A disputa territorial entre China e Japão
intensificou-se nesta terça-feira depois que Pequim enviou dois barcos
de patrulha para as proximidades de um grupo de ilhas no Mar do Leste da
China.
O envio das embarcações foi uma demonstração do descontentamento
chinês com o fato de Tóquio ter comprado as ilhotas de seus
proprietários privados.
A tensão bilateral tem aumentado nos últimos meses, em parte pelo
fato de o governador nacionalista de Tóquio ter proposto a compra das
ilhas, chamadas de Diaoyu pelos chineses e de Senkaku pelos japoneses, e
levado o assunto adiante.
A medida tomada por Pequim tem como objetivo "salvaguardar a
soberania chinesa sobre as ilhas", segundo a agência estatal de notícias
Xinhua.
O governo central japonês anunciou nesta semana um acordo para a
compra das ilhas. O chefe de gabinete japonês, Osamu Fujimura, disse a
jornalistas que o governo havia separado quantia equivalente a US$ 26
milhões para comprar as ilhas e "manter das Senkakus pacíficas e
estáveis".
Também nesta terça-feira, o governo de Taiwan informou ter chamado
seu enviado no Japão em protesto contra a compra. "Nós condenamos
severamente a nacionalização, pelo Japão, das ilhas Diaoyu, o que é uma
ação ilegal que viola a soberania nacional" de Taiwan, disse o ministro
de Relações Exteriores, Timothy Yang, em comunicado.
"Exigimos que o governo japonês revogue esta medida. A ação
unilateral e ilegal do Japão não pode mudar o fato de que a República da
China (o nome oficial de Taiwan) é proprietária da ilhas Diaoyu."
O enviado de Taiwan no Japão, Shen Ssu-tsun, foi instruído a
apresentar um protesto em Tóquio, diz o comunicado, acrescentando que
ele foi chamado de volta para relatar o incidente do Ministério de
Relações Exteriores.
A estatal Agência Central de Notícias informou que Shen deve voltar a
Taipé na quarta-feira. As declarações de Yang foram feitas depois de o
governo japonês anunciar que concluiu a compra das ilhas.
As ilhotas rochosas têm sido o centro de uma disputa territorial
entre Japão e China há tempos. Elas ficam a cerca de 160 quilômetros de
Okinawa e a cerca de 200 quilômetros de Taiwan, numa importante rota de
navegação e, acredita-se, estão localizadas perto de grandes campos de
gás. As informações são da
Associated Press e da Dow Jones.
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