Sem passar pelo bafômetro, o neo-liberal Aécio Neves, direitista representante da oligarquia milionária que controla o apetitoso mercado empresarial midiático brasileiro, subiu no palco ao lado de humorista do programa Pânico na Band (TV Bandeirantes), que estava caracterizado como Dilma, para fazer sua participação visual no escarnio zombeteiro com a figura da chefe de estado brasileiro, desrespeitando naquele ato, a condição de mãe, avó e pessoa humana, justamente quando o mundo inteiro se prepara para rendera homenagem ao gênero feminino no Dia das Mulheres.
Ao lado de Aécio, Paulinho (a esquerda na foto,com cabelo pintado de rena), diz que Dilma "deveria ser presa". Engraçado é que ele não deu um 'pio' denunciando a tisunâmica e escandalosa corrupção no metrô paulista, promovida pela nata do tucanato paulistano, que ele apoia.
O palanque da Força Sindical, com o pré-candidato do PSDB e Campos (PSB), virou ato contra a presidenta; o tucano chegou a "contracenar" com humorista do Pânico.
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Em janeiro, quando declarou seu apoio à candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, disse que faria "de tudo para tirar o PT do poder". Nesta quinta-feira 1º, durante festa pelo Dia do Trabalho promovida em São Paulo pela central sindical, Paulinho, deputado federal pelo Solidariedade (SP), mostrou estar mesmo disposto a ir longe, e sugeriu a prisão da presidenta Dilma Rousseff (PT).
"O governo que deveria dar exemplo está atolado na corrupção. Se fizer o que a presidente Dilma falou ontem, quem vai parar na Papuda é ela", afirmou Paulinho segundo a Folha de S.Paulo, ao citar "roubos" na Petrobras, estatal envolvida em inúmeras denúncias nas últimas semanas. Aparentemente, o deputado fez uma referência ao discurso de Dilma na noite de 30 de abril, no qual ela prometeu, entre outras coisas, combater a corrupção. A Papuda é o presídio no Distrito Federal onde estão presos os condenados no caso do "mensalão" do PT.
Ao lado do senador Aécio Neves (PSDB), que recebeu a promessa de apoio incondicional do sindicalista para a campanha presidencial, Paulinho chamou ao palco um humorista do programa Pânico, da TV Bandeirantes, caracterizado como a presidenta. "Todos os anos, nós convidamos todos os candidatos a presidente para o palco. Neste ano, só teve coragem o Aécio, que não mandou representante. Veio ele mesmo. Quer dizer, a Dilma também veio, mais feia que o diabo", anunciou. "Vocês viram a banana que jogaram no Daniel Alves? Quem merece uma banana é ela. Quem aí sabe fazer o gesto da banana? Vamos dar uma banana para a Dilma. Toma aqui, presidente!", completou. Na sequência, Aécio, tomando o microfone, empurrou para longe a imitação da presidenta. "Já era. Aqui você não volta mais", afirmou.
O tucano também citou o pronunciamento de Dilma, mas criticou o fato de ela ter usado o espaço oficial para anunciar o reajuste de 10% no Bolsa Família e a medida provisória que corrigirá a tabela do imposto de renda. Aécio afirmou que o pronunciamento foi um "momento patético" e que Dilma fez "proselitismo político". De maneira mais comedida, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), outro candidato ao Planalto, fez crítica semelhante à de Aécio. "O que nós vimos foi mais uma fala eleitoral do que a fala de presidente da República", disse. "O fato da presidente anunciar o aumento do Bolsa Família é uma maneira de reparar as perdas da inflação que ela mesmo deixou acelerar", afirmou.
Dilma foi representado no ato da Força Sindical pelos ministros Manoel Dias (Trabalho) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência). Dias criticou a fala de Paulinho da Força e afirmou que ele não precisava "ter ofendido" a presidenta. Carvalho, por sua vez, disse não levar a sério a fala do deputado federal. E criticou o PSDB de Aécio Neves. "A Petrobras que eles estão criticando e falando mal, que o FHC tentou privatizar, hoje é a grande empresa do país que eles querem tentar destruir para privatizar depois em um eventual governo deles, que não virá", afirmou Carvalho.
*Com informações da Rede Brasil Atual
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