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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ DISCUTE EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS COM REPRESENTANTES DO IMPERIALÍSMO INDUSTRIAL NIPONICO

A MANEIRA COMO ESSAS NEGOCIAÇÕES SE EXPRESSÃO, PARTE DO SEGUINTE PRINCÍPIO: O ESTADO DO PARÁ ENTRA COM AS ISENÇÕES "DE PAI PARA FILHO", ISENTANDO-SE INCLUSIVE DO CONJUNTO DE CONTRAPARTIDAS SOCIAIS PARITÁRIAS E ADEQUADAS, DESPROPORCIONAIS  AO VOLUME DOS PROJETOS. O RESTO FICA POR CONTA DA IMORAL E FAMIGERADA LEI KANDIR, COM SUAS COMPENSAÇÕES RIDÍCULAS. AQUI, TUDO TEM Á VER COM O PASSADO; O FUTURO, A MODERNIDADE DE GESTÃO, O VALOR QUE SE DA PARA AS NOSSAS RIQUEZAS É UMA SINISTRA PEÇA FICÇÃO POLÍTICA.
 
Confira o texto abaixo  de Ronald Junqueiro - Gabgov
Fone:  / (91) 8207-8448 
O governador Simão Jatene participou nesta segunda-feira (3) de um encontro com o empresário Masami Ijima, presidente da Mitsui Corporation e do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão. Na ocasião, eles discutiram possíveis parcerias para desenvolver projetos em setores de interesse comum. A Mitsui é uma das acionistas da Vale, no Pará, desde 2003, e tem negócios em outros quatro Estados brasileiros há mais de 70 anos.
Segundo Masami Ijima, a expectativa da empresa é “contribuir para o crescimento do Brasil”. Ele fez a apresentação dos investimentos da empresa, como o projeto Amazonas, de alumínio, no qual atua há 25 anos, e mostrou o desempenho como principal acionista da Nipon/ Amazon Alumínio, com participação de 15% de capital, além de 7% da Albrás e 2% da Alunorte. O executivo japonês falou ainda das dificuldades de arcar com os custos de energia da primeira e dos custos com matéria-prima em relação à segunda empresa, para a qual pediu redução de impostos.

Ao pedir apoio do Pará à Vale, o presidente da Mitsui fez a exposição de projetos implantados no Brasil, como o MultiGreen, responsável pela produção de 200 mil toneladas de soja; investimentos em 120 mil hectares de fazendas agrícolas na Bahia; e a produção de dois milhões de toneladas no comércio de grãos no território brasileiro. A empresa ainda está estruturando mais projetos no Pará, como o Terminal Hidroviário no Outeiro, que ainda depende de licença ambiental para fazer a dragagem e criar uma infraestrutura logística.
Masami Ijima destacou ainda o projeto de recuperação florestal ribeirinha desenvolvido com a população Nikkei de Tomé-Açu, no nordeste paraense, e disse que esteve no Brasil, em agosto deste ano, quando encontrou-se com a presidente Dilma Roussef, que havia assegurado pela investimentos R$ 130 bilhões que poderiam ser usados em parcerias público-privadas. Para ele, o tema deve ser discutido com o Pará.

Desafios – Simão Jatene lembrou que a questão da energia é um assunto sensível, já em discussão com os ministérios das Minas e Energia e da Indústria e Comércio, “pois o Brasil precisa de energia para crescer”. O governador, que não esconde a preocupação com a tributação do óleo, afirmou que “tudo voltará a ser como antes”. Para isso, informou, já assinou o decreto retornando ao método anterior de ajuda às empresas.
Sobre o apoio que o governo vem dando a empresas instaladas no Estado, o governador disse que o grande desafio do Pará é enfrentar a pobreza e as desigualdades. Simão Jatene comentou ainda sobre os investimentos feitos pela empresa japonesa num Estado que é rico de recursos florestais, hídricos e em minérios, que, apesar de ser o segundo maior saldo na balança comercial brasileira, não consegue sair da realidade contraditória de território rico com apenas a 26ª renda per capita nacional.
Simão Jatene nomeou outros projetos importantes que precisam ser concretizados, como a ferrovia Norte-Sul, a criação do porto Espadarte – uma saída pelo oceano para criar novo corredor de exportação –, a rodovia Cuiabá-Santarém (por onde pode ser ecoada toda a produção de grãos do Brasil central) e a baixa produção de gado em áreas que podem ser transformadas em áreas agrícolas. Projetos que estão, reforçou o governador, na linha de atuação da Mitsui e que podem vir a ser objetos de parceria. “Tudo isso para nós tem um fundamento, que é a questão da agregação de valores. Quero dizer também que a melhor riqueza do Pará é o seu povo”, afirmou Jatene.
 
Simão Jatene falou sobre a implantação do parque tecnológico no qual é parceiro da Universidade Federal do Pará (UFPA), que vai atuar na pesquisa e na formação de mão de obra especializada, projeto do qual a empresa japonesa poderia participar. No fim da reunião, para dar seguimento a esse debate e transformá-lo em uma ação contínua, o Governo do Pará e a Mitsui elegeram os interlocutores que vão avaliar parcerias de interesse mútuo. Pelo Pará, ficou responsável o secretário especial de Proteção Social, Sérgio Leão, e pela Mitsui, diretor de Planejamento e de Divisão Estratégica Luke Y. Mukai.
Do encontro com o governador, participaram, pela empresa japonesa, os diretores Yasushi Takahashi, Fuminobu Kawashima e Takeshi Kanamori, e o conselheiro Takao Omae, além de integrantes da comitiva do governo do Estado, entre eles Sérgio Leão, e os diretores geral, César Meira, e executiva, Marilena Mácola, do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano. O embaixador do Brasil, Marcos Galvão, também participou da reunião.
Fonte: Correio Jurunense





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