A primeira empresa de bondes na capital paraense foi organizada em 1868 pelo cônsul dos Estados Unidos em Belém, o industrial James Bond. Por isso, historiadores locais afirmam que o nome dele foi a origem da palavra "bond", aportuguesada como "bonde", para designar tais veículos.
Mapa Ferroviario de Belem
Bond vendeu seu sistema em 1870 a
Manoel Bueno, que formou a Companhia Urbana de Estrada de Ferro
Paraense, e no mesmo ano a Companhia de Bonds Paraense inaugurou sua
primeira linha de bondes com tração animal, em bitola de 750 mm. Em 1883
já existiam 30 km de linhas, entre bondes a vapor ou com tração animal.
A Companhia Urbana assumiu todo o
sistema em 1894 e contratou a Siemens & Halske, de Berlim
(Alemanha), para instalar a iluminação pública e um sistema de bondes
elétricos. Mas os alemães só fizeram a primeira parte.
A Pará Electric Railways and
Lighting Company, registrada em Londres em 25/7/1905, comprou a
Companhia Urbana e encomendou à também inglesa J. G. White & Co., de
Londres, a instalação do sistema de bondes elétricos. Seus trabalhos
começaram em 15/8/1906 e exatamente um ano depois foi inaugurada a
operação na então Avenida São Jerônimo (hoje Avenida José Malcher). O
uso de bondes com tração animal terminou em 21/7/1908, sendo os veículos
vendidos para Natal/RN.
O sistema de bondes elétricos de
Belém permaneceu britânico em toda a sua existência, inclusive
observando regulamentos rígidos, como o de que um veículo de primeira
classe não poderia parar para um passageiro vestido inapropriadamente ou
de forma incompleta. Um exemplo basico da divisão social, em classes
economicas.
Mas, ao contrário dos veículos
de Manaus, os bondes elétricos em Belém trafegaram sempre pelo lado
direito, nas vias de mão dupla.
O Bonde nos Dias de Hoje
Uma chegada muito esperada, o Bonde chegando no porto.
O
Projeto do Bonde de Belém está totalmente concluído, ou em partes, o
atual prefeito retirou das ruas a fiação elétrica que daria vida ao
Bonde. Uma rixa entre o antigo e o atual prefeito encalhou um belo e
pronto projeto, até hoje o bandinho raramente sai da sua garagem.
O
Bonde foi restaurado em Santos e trazido a Belém. Circularia no entorno
do centro histórico de Belém nos feriados e fins de semana
Contudo,
atualmente o Bonde faz periodicas voltas no centro historico de Belém,
infelizmente esses passeios são muito raros. Abaixo a estação do bonde.
Esse Texto é uma contribuição de Antônio Maia Acadêmico do Curso de Ciências Sociais - Unama.
Membro do Oráculo Paraense.
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