A matéria abaixo, da o tom da sinfonia golpista ensaiada pelos fascistas amestrados nojentos auto apelidados de "jornalistas"- agora imprimida com mais força - neste momento que se aproximam as novas eleições para presidência da república em 2014. Certamente que as pesquisas que apontam Dilma e Lula á frente dos desacreditados candidatos conservadores e reacionários da direitona neo-liberal brasileira,por eles da grande mídia apoiados, coloca mais lenha na fogueira da fornalha nas redações dos grandes jornalões pertencentes ao pequeno grupo de famíglias milionárias, que sofrem de um pavor gritante da adoção no Brasil da Lei dos médios que, consumado, quebraria a espinha dorsal deste império imoral de comunicação, que fatura anualmente bilhões de dólares; monopólio ilegal de emissoras de TV, Radios, jornais, revistas, internet,que retransmitem os sinais, multiplicando somente as matérias de interesse dos tubarões controladores. São milhares de veículos de comunicação, espalhados por todas - eu disse todas! - as pequena, médias e grandes cidades, pretendendo controlar por meio desta sofisticada lavagem cerebral, a opinião pública nacional,ditadura infame que agride a Democracia, da qual o povo precisa se libertar.
Confira:
Roubar Pelo Povo
por Carlos Alberto Sardenberg
Intelectuais
ligados ao PT estão flertando com uma nova tese para lidar com o
mensalão e outros episódios do tipo: seria inevitável, e até mesmo
necessário, roubar para fazer um bom governo popular.
Trata-se de uma clara resposta ao peso
dos fatos. Tirante os condenados, seus amigos dedicados e os xiitas,
ninguém com um mínimo de tirocínio sente-se confortável com aquela
história da “farsa da mídia e do Judiciário”.
Se, ao contrário, está provado que o
dinheiro público foi roubado e que apoios políticos foram comprados, com
dinheiro público, restam duas opções: ou
desembarcar de um projeto heroico que virou bandidagem ou, bem, aderir à
tese de que todo governo rouba, mas os de esquerda roubam menos e o
fazem para incluir os pobres.
Vimos duas manifestações recentes dessa suposta nova teoria. Na “Folha”, Fernanda
Torres, em defesa de José Dirceu, buscou inspiração em Shakespeare para
especular: talvez seja impossível governar sem violar a lei.
No “Valor”, Renato Janine Ribeiro escreveu duas colunas para concluir: comunistas revolucionários não roubam; esquerdistas
reformistas roubam quando chegam ao governo, mas “talvez” tenham de
fazer isso para garantir as políticas de inclusão social.
Tirante a falsa sofisticação teórica, trata-se da atualização de coisa muito velha. Sim, o leitor adivinhou: o pessoal está recuperando o “rouba mas faz”, criado pelos ademaristas nos anos 50. Agora é o “rouba mas distribui”.
Nem é tão surpreendente assim. Ainda no
período eleitoral recente, Marilena Chauí havia colocado Maluf no rol
dos prefeitos paulistanos realizadores de obras, no grupo de Faria Lima,
e fora da turma dos ladrões.
Fica assim, pois: José Dirceu não é corrupto, nem quadrilheiro — mas participou da corrupção e da quadrilha porque, se não o fizesse, não haveria como aplicar o programa popular do PT.
Como se chega a esse incrível
quebra-galho teórico? Fernanda Torres oferece uma pista quando comenta
que o PT se toma como o partido do povo brasileiro. Ora, segue-se, se as elites são um bando de ladrões agindo contra o povo, qual o problema de roubar “a favor do povo”?
Renato Janine Ribeiro trabalha na mesma tese, acrescentando casos de governos de esquerda bem-sucedidos, e corruptos. Não
fica claro se são bem-sucedidos “apesar” de corruptos ou, ao contrário,
por serem corruptos. Mas é para esta ultima tese que o autor se
inclina.
Não faz sentido, claro. Começa que não é verdade que todo governo conservador é contra o povo e corrupto. Thatcher e Reagan, exemplos máximos da direita, não roubavam e trouxeram grande prosperidade e bem-estar a seus povos.
Aqui entre nós, e para ir fundo, Castello Branco e Médici também não roubavam e suas administrações trouxeram crescimento e renda.
Por outro lado, o PT não é o povo. Representa parte do povo, a majoritária nas últimas três eleições presidenciais. Mas,
atenção, jamais ganhou no primeiro turno e os adversários sempre
fizeram ao menos 40%. E no primeiro turno de 2010, Serra e Marina
fizeram 53% dos votos.
Por isso, nas
democracias o governo não pode tudo, tem que respeitar a minoria e isso
se faz pelo respeito às leis, que incluem a proibição de roubar. E pelo
respeito à opinião pública, expressa, entre outros meios, pela imprensa
livre.
Por não tolerar essas limitações, os
partidos autoritários, à direita e à esquerda, impõem ou tentam impor
ditaduras, explícitas ou disfarçadas. Acham que, por serem a expressão
legítima do povo, podem tudo. Assim, caímos de novo em velha tese: os
fins justificam os meios, roubar e assassinar.
Renato Janine Ribeiro diz que os
regimes comunistas cometeram o pecado da extrema violência física,
eliminando milhões de pessoas. Mas eram eticamente puros, sustenta:
gostavam de limusines e dachas, mas não colocavam dinheiro público no
bolso. (A propósito, anotem aí:
isto é uma prévia para uma eventual defesa de Lula, quando começam a
aparecer sinais de que o ex-presidente e sua família abusaram de
mordomias mais do que se sabe).
Quanto aos comunistas, dizemos nós, não eram “puros” por virtude, mas por impossibilidade.
Não havia propriedade privada, de maneira que os corruptos não tinham
como construir patrimônios pessoais. Roubavam dinheiro de bolso e se
reservavam parte do aparelho do estado, enquanto o povo que
representavam passava fome. Puros?
Reparem: na China, misto de comunismo e capitalismo, os líderes e suas famílias amealharam, sim, grandes fortunas pessoais.
Voltando ao nosso caso brasileiro, vamos falar francamente: ninguém precisa ser ladrão de dinheiro público para distribuir Bolsa Família e aumentar o salário mínimo.
Querem tudo?
Dilma consegue aprovar a MP que garante uma queda na conta de luz.
O
Operador Nacional do Sistema Elétrico diz que haverá mais apagões porque
não há como evitá-los sem investimentos que exigiriam tarifas mais
caras. Ou seja, a conta será mais barata, em compensação vai faltar luz.
Carlos Alberto Sardenberg é jornalista
Nenhum comentário:
Postar um comentário