Quinta-Feira, 08/11/2012
(Foto: Bruno Carachesti)
Mais uma vez o vereador Gervásio Morgado (PR) tenta aprovar o projeto de sua autoria, que altera o Plano Diretor de Belém,
modificando o modelo urbanístico do bairro do Souza, com a finalidade
de liberar empreendimentos comerciais com alturas acima da permitida
atualmente, direcionados principalmente nas avenidas
Almirante Barroso e João Paulo II até o Entroncamento, incluindo as
avenidas Tavares Bastos e Pedro Álvares Cabral, mas sem nenhum estudo
técnico sobre a medida.
Porém, na sessão de ontem da Câmara
Municipal de Belém (CMB), nem a bancada da situação, que apoia a
matéria, deu quorum suficiente para levar o projeto à votação.
Morgado presidiu a sessão e, mais uma vez, se deparou com a presença de pessoas
que se opõem ao projeto, alegando que a matéria só beneficia a
especulação imobiliária em detrimento dos interesses da população, já
que a área em questão já enfrenta um estrangulamento viário diário.
O projeto deverá voltar à pauta na
sessão de segunda-feira, 12 e os manifestantes prometem comparecer para
pressionar os vereadores contra a matéria.
A pressão da sociedade civil já rendeu
resultado nesta questão. Anteontem, o presidente da CMB, vereador
Raimundo Castro (PTB) anunciou a retirada do outro projeto, também
direcionado a modificar o Plano Diretor de Belém, mas voltado para a
área do centro histórico da capital, sob a justificativa de autorizar a
expansão do shopping Pátio Belém.
A repercussão negativa, além da
oposição de um grupo de vereadores, levou Castro a recuar. Ele enviou a
matéria à Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), afirmando que pediu
um estudo técnico sobre o tema na área central e disse ainda que poderá
apresentar um substitutivo.OPOSIÇÃO
O vereador Otávio Pinheiro (PT)
informou que ontem não foi necessário articular a retirada do quorum
porque muitos vereadores da bancada governista não compareceram ao
plenário. Ele garante que a oposição vai continuar com a estratégia, que
já deu certo nas sessões anteriores, em que Morgado tentou aprovar o
projeto.
Para dar quorum simples são
necessários 18 vereadores em plenário. Pinheiro explica que é muito
perigoso deixar a matéria ir à votação se não houver certeza de que há
número suficiente para derrubar a matéria. Na dúvida é mais estratégico
articular a retirada do quorum, avalia o vereador.
(DOL)
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