ANNA YUKHANANOV - Reuters
O rápido crescimento econômico e políticas sociais mais
inclusivas na América Latina durante a última década lançaram 50 milhões
de pessoas na classe média, que pela primeira vez rivaliza com os
pobres em número, informou o Banco Mundial em um estudo divulgado nesta
terça-feira.
Os níveis de renda mais altos também criaram uma classe "vulnerável",
na qual 38 por cento formam o maior grupo de renda. Essas pessoas
situam-se logo acima da pobreza, que inclui uma renda diária de entre 4
dólares e 10 dólares por pessoa.
"Enquanto a pobreza diminuiu e a classe média cresceu...a família
latino-americana mais comum está em um estado de vulnerabilidade", disse
o Banco Mundial, o credor global para o desenvolvimento, em um
relatório que observou a classe média e a mobilidade econômica na
América Latina e no Caribe.
O Banco Mundial considera como classe média as pessoas que têm
segurança econômica e enfrentam um risco menor de 10 por cento de cair
de volta para a pobreza. Para a região, isso se traduz em uma renda
diária de 10 a 50 dólares por pessoa.
Quase 30 por cento da população agora se enquadra nessa categoria, o
que é igual a um terço das pessoas que ainda vivem na pobreza, uma
mudança considerável em um continente conhecido por sua grande
desigualdade de renda, com uma maioria de pobres e uma estreita fatia de
ricos.
Com a expansão econômica global, e políticas de redistribuição em
alguns países, ao menos 40 por cento da população da região foram para
uma classe econômica mais alta entre 1995 e 2010.
No Brasil, o maior país da região e a sexta maior economia do mundo, o
crescimento liderado pela valorização das commodities e transferências
condicionais de dinheiro ajudaram a retirar 30 milhões de pessoas da
pobreza no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pela região, o aumento da classe média teve efeitos claros, ajudando
países como o Brasil a depender menos da ajuda estrangeira e ficar menos
vulnerável à pressão internacional.
A América Latina é agora a única região do mundo com uma desigualdade
de renda que diminui, afirmou o Banco Mundial em um relatório no mês
passado, embora a divisão entre ricos e pobres permaneça mais alta do
que na maioria dos países desenvolvidos.
Isso levou alguns países em direção a uma maior democracia e aumentou
a esperança de empresas que desejam aproveitar o consumo crescente por
tudo, indo da Internet aos serviços financeiros.
(Reportagem adicional de Anthony Boadle, em Brasília)
O Estadão
Lula e Dilma lideram preferência popular para eleições de 2014
Na primeira opção, Lula saiu na frente com 69,8% das intenções de voto, seguido do senador Aécio Neves (11,9%) e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (3,2%). Na segunda alternativa, Dilma também desponta a preferência popular com 59%, seguida de Aécio Neves (14,8%) e Eduardo Campos (6,5%).
O levantamento mostra também que a aprovação do governo Dilma aumentou para 56,6%, contra 49,2% obtidos em agosto de 2011. A avaliação negativa caiu de 9,3% para 7%. Outro indicativo demonstrado na pesquisa foi refere-se ao desejo de compra da população: 57% sonham com a casa própria, 17,9% com um carro novo, 8,2% com móveis e eletrodomésticos, 7,4% gostariam de fazer uma viagem internacional e 1,9% desejam comprar uma televisão moderna.
Portal Sidney Rezende
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