Quando o
relógio do painel eletrônico da Câmara Municipal de Belém (CMB) ainda
marcava 9h15, a ausência do quorum necessário para a realização da
sessão ordinária de ontem já era esperada.
Com o plenário esvaziado desde o início do
dia, a sessão também não atingiu o quorum mínimo de 18 vereadores no
momento em que seria iniciado o período de votação. Com a suspensão da
sessão, a votação o projeto de lei que pretende liberar o limite de
construções em parte da capital paraense também foi adiada para hoje.
Motivo de polêmica há meses na Câmara, o
projeto de lei nem foi citado na manhã de ontem durante o pronunciamento
inicial dos vereadores e das lideranças dos partidos. Apesar de ser o
primeiro item da pauta, os vereadores se restringiram a analisar os
problemas da educação oferecida em Belém, a reciclagem de resíduos
sólidos, os problemas de segurança enfrentados em São Paulo com as
mortes de policiais e a vaga conquistada pelo Paysandu na série B do
Campeonato Brasileiro.
VEREADORES
Identificada a presença de apenas 16
vereadores após o tempo de tolerância de 10 minutos, a sessão foi
encerrada. Ainda convocados para participar de uma reunião pelo
presidente da CMB, Raimundo Castro (PTB), foi difícil identificar,
dentre os vereadores que permaneceram no plenário, alguém que se
declarasse favorável ao projeto de lei de autoria do vereador Gervásio
Morgado (PR).
Oposição ao projeto, o vereador Marquinho do
PT acredita que a matéria não será aprovada. “Pelo cenário que
percebemos, acho difícil o projeto ser aprovado”, acredita. “Já vi
vários vereadores se demonstrarem contrários ao projeto”.
Autor de um projeto parecido que também foi
alvo de polêmica recente, o presidente da CMB, Raimundo Castro também se
disse contrário ao projeto. “O projeto será colocado em votação amanhã
(hoje) e será derrubado. Tenho plena convicção de que será derrubado”,
afirmou. “Ele não tem condições de ser votado. Desde o início a maioria
dos vereadores vota contra”.
Encorpando a lista dos vereadores que
afirmam votar contra o projeto, o vereador Nonato Filgueiras (PSD)
também acredita que a câmara irá derrubar a proposta de Morgado. “O
problema é a forma do projeto, a incoerência. Vou ser contra”, se
posicionou. “A nossa cidade precisa passar por um amplo debate”.
Autor do projeto, o vereador Gervásio
Morgado apareceu no plenário apenas no início do dia. Após ter
registrado sua presença, porém, o vereador se ausentou e não retornou
mais à sessão.
(Diário do Pará)
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