Carlinhos Cachoeira está em casa, como todos sabem. Ele vai cumprir sua pena de 5 anos por corrupção em regime semiaberto. A notícia
fez com o texto abaixo, publicado há seis meses, despontasse hoje como
um dos mais lidos do Diário.
A razão é menos o próprio Carlinhos e
mais, muito mais, sua linda mulher, Andressa Mendonça. É Andressa quem é
freneticamente procurada nos mecanismos de busca na internet. Dado
tamanho interesse, decidimos republicar o artigo.
Andressa Mendonça, a linda mulher do contraventor Carlinhos
Cachoeira, é definida por um amigo dele “chave de cadeia”. Andressa era
casada com o empresário Wilder de Moraes, secretário estadual de
Infraestrutura e primeiro suplente do senador goiano Demóstenes Torres,
quando teve um caso com Carlos Augusto Ramos. O fato é que Andressa
pertence a uma longa linhagem de mulheres de mafiosos, as silent wives:
fieis a seus homens, cúmplices, sexy, misteriosas e suspeitas.
Em 2007, a polícia siciliana descobriu uma lista de dez mandamentos
sobre como ser um honorável mafioso. Dois deles dizem respeito a suas
companheiras: 1) nunca olhe para as mulheres de amigos; 2) mulheres
devem ser tratadas com respeito. Não se sabe se Cachoeira está seguindo o
protocolo, mas parece que Andressa, sim.
Andressa poderia ter uma antecessora em Virginia Hill, conhecida como
“Flamingo”. Natural do Alabama, bonita e articulada, ela mudou-se para
Chicago nos anos 30, onde se envolveu com Al Capone e outros bacanas da
Cosa Nostra. Com essas conexões, tentou uma carreira de atriz em Los
Angeles – frustrada. Mas foi lá que conheceu Ben “Bugsy” Siegel, que se
tornaria um dos mais poderosos chefões do jogo em Las Vegas. “Ela era
esperta e sabia manter a boca fechada”, contou uma amiga. Entre outras
tarefas, Virginia levava o dinheiro de Siegel para o exterior.
Siegel caiu em desgraça quando tentou dar um golpe em seus colegas
para saldar as dívidas de seu cassino, o Flamingo (batizado em homenagem
à amada). Ele acabou sendo executado no sofá em que o casal assistia
projeções de filmes. Virginia estava em Paris, depois de uma briga.
Quando foi interrogada pelas autoridades, não abriu o bico. “Se alguém
ou alguma coisa era seu amante, era aquele hotel em Las Vegas. Eu nunca
soube que Ben tivesse algo a ver com gangsteres. Não imagino quem o
tenha matado e nem por quê”, declarou.
Difícil saber se Andressa terá algo a aprender com Virginia. Seus
amigos precisam torcer para que ela não tenha o mesmo destino da
irresistível “Flamingo”, que se matou em 1966, aos 49 anos, em seu
exílio na Áustria, de uma overdose de remédios para dormir, ao lado de
uma ponte.
Kiko Nogueira no DCM
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