Naquilo que por vezes parece uma última e desesperada
tentativa de “entender” Barack Obama, muitas pessoas e até alguns
analistas profissionais, tentam explicar esta espécie de “poço da morte”
em que o Presidente dos EUA roda vertiginosamente, ora ganhando o Nobel
da Paz, ora promovendo esquadrões para assassinar adversários e, mais
tarde, fazer disso trunfo de campanha eleitoral,
ora inspirando os mais indefesos do seu país a votar em si com
promessas de políticas sociais, ora patrocinando crimes de guerra no
Afeganistão, no Iraque, ou onde calha, ora cantando salmos à nova
democracia na velha Birmânia, ora defendendo incondicionalmente a chacina de inocentes na Faixa de Gaza às mãos dos fascistas no poder em Israel, etc., etc., etc.
Na falta de explicações para o que seria uma
inescrutável gincana entre posições de direita, destinadas a servir e
dar lucro aos “falcões” do complexo político/industrial/militar dos EUA e
do resto do mundo, ou posições de “esquerda”, destinadas a encantar
ocidentais com vocação para babados lacaios do “império”, como o português Mario Soares
e os seus muitos subprodutos... há quem, em desespero de causa se
refugie na teoria do “homem muito dividido”. Dividido entre o que
quereria fazer e aquilo que lhe permitem fazer aqueles que o rodeiam.
Puro engano! Ali não há um homem dividido, não há um
executor de direita, ou um orador de esquerda! Há apenas um Barack
Obama... e não é flor que se cheire!
Blog do Samuel Cantigueiro
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