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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

MARACUTÁIA NAS ELEIÇÕES DE BELÉM? - MANIFESTANTES COLOCAM A BOCA NO TROMBONE E COBRAM EXPLICAÇÕES DO TRE - PARÁ

Manifestantes querem que TRE apure acusações  (Foto: Sidney Oliveira)

Manifestantes querem que TRE apure acusações

A manifestação de um grupo de candidatos a vereador não eleitos em Belém chamou atenção de quem passava em frente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA), na manhã de ontem. Com o apoio de um carro som eles exigiam uma audiência como o presidente do órgão, desembargador Ricardo Nunes, o que aconteceu cerca de duas horas e meia após o inicio do manifesto. 

 
Insultos à credibilidade da instituição e denúncias da venda de cadeiras na Câmara Municipal de Belém (CMB) eram esbravejadas e repetidas ao microfone por candidatos que se consideram prejudicados pelo processo eleitoral de 2012. O grupo de aproximadamente 20 pessoas chegou à sede do TRE por volta das 9h. Com cópias em mãos de documentos entregues à Polícia Federal e Ministério Público Federal, eles se mostravam convencidos do que intitulam “a máfia do quinto andar”. 
Segundo eles, dois programadores funcionários do TRE estariam, desde maio deste ano, negociando vagas ao cargo de vereador em Belém em troca do pagamento de R$30 mil, divididos em duas parcelas, uma paga no momento do acordo e outra após a comprovação da eleição. O golpe teria sido descoberto porque um dos três candidatos, a quem a oferta teria sido feita pessoalmente, não aceitou fazer parte do possível esquema.

OFERTA
“Ele é candidato do nosso partido (Partido Trabalhista Cristão) e recebeu essa oferta junto com dois outros candidatos... mas não aceitou. A surpresa veio com o resultado. Os dois outros que não têm história nenhuma de trabalho na comunidade foram eleitos e ele não”, diz Manoel Rendeiro, mais conhecido como Didi, que teve computados a favor 1955 votos. “Na última eleição recebi três mil votos, agora que sou mais conhecido e tenho mais trabalho, tive menos voto. Tá errado”.

Segundo os manifestantes, apesar da grande repercussão de total segurança, as urnas eletrônicas estariam sim suscetíveis a fraudes. Três seriam as formas de manipulação apontadas pelo documento apresentado: Controle manual do teclado das urnas pelo mesários durante a chamada “seção do voto cantado”; a inserção de flash cards nas urnas 48 horas antes das eleições; e desvio de votos de candidatos no sistema de totalização de votos o que, segundo os denunciadores, dá às urnas eletrônicas total caráter de “caixa preta”.

“Até hoje nenhum juiz ou tribunal jamais autorizou a verificação de qualquer log de eventos de urnas eletrônicas, mantendo incólumes essas caixas pretas. Lá estão os indícios, as evidências e provas gravadas de todas as alterações e adulterações praticadas à sorrelfa da lei e de todos os poderes da República”, diz trecho do documento apresentado.

(DOL) 

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