Só Sobrenatural de Almeida poderá deter Messi na Copa de 2014
Os brasileiros que me perdoem, mas dificilmente alguém vai tirar o caneco do dez argentino
Ladies & Gentlemen:
Falei outro dia sobre os mercenários do futebol. O dinheiro corrompeu a alma dos jogadores. Isolou-os da torcida.
Falei outro dia sobre os mercenários do futebol. O dinheiro corrompeu a alma dos jogadores. Isolou-os da torcida.
Se não bastassem os cifrões, os
jornalistas esportivos bajulam tanto os atletas que estes acabam
acreditando que são mesmo seres extraordinários. Em seu escafandro
monumental, se esquecem de que apenas correm atrás de uma bola, e que
aos 30 anos serão desprezados pelos mesmos que os tratam como reis
agora.
Generalizei, e com razão. De Cristiano Ronaldo a Neymar, de Rooney a Ibrahimovic, de Drogba a Van Persie, ninguém se salva na fogueira das vaidades gananciosas. Mas quero registrar aqui uma exceção: Little Messi, em seu 1m67. Até Chrissie, minha mulher, que discorda de mim em tudo, concorda em que Messi é um caso à parte.
Sei que os argentinos não vão com a cara dele, e eles têm seus motivos. Messi, até aqui, mostrou muito mais futebol no Barça do que na seleção nacional. Nem em Rosário, sua cidade natal, ele é muito reconhecido. Um jornalista da ESPN foi para lá . Num dia em que o Barcelona estava em campo, ele foi a um bar de um parente de Messi. Na televisão não passava o jogo, e sim um programa de auditório argentino.
Mas, mesmo com a dívida que tem ainda para com seu país, e que eu imagino que vá ser paga em 2014 com o título mundial em pleno Brasil, Messi é espetacular. Fora tudo, ele tem uma virtude única: não se joga para cavar faltas e pênaltis. Há uma tese segundo a qual ele não se atira porque, se fizesse isso, ficaria sem a bola, que parece amar sobre todas as coisas. Bola ou qualquer coisa redonda. Um amigo dele de infância lembra que certa vez, em sua terra natal, Messi parecia acabrunhado na casa da família. Alguma coisa parecia lhe faltar. Subitamente, ele apanhou um limão num limoeiro e começou a controlá-lo como a uma bola. Pronto. Sua expressão exalava contentamento.
Infelizmente, para o futebol, Messi é um numa multidão de seres arrogantes, egoístas e detestáveis. Mas ainda assim: sendo um e apenas um, ele é tão grande que haverá de dar o tricampeonato mundial à Argentina. A não ser que Sobrenatural de Almeida – o Boss me falou sobre ele, a quem chamo carinhosamente de Supernatural Jones – intervenha.
Yours, sincerelly
Scott Moore
Generalizei, e com razão. De Cristiano Ronaldo a Neymar, de Rooney a Ibrahimovic, de Drogba a Van Persie, ninguém se salva na fogueira das vaidades gananciosas. Mas quero registrar aqui uma exceção: Little Messi, em seu 1m67. Até Chrissie, minha mulher, que discorda de mim em tudo, concorda em que Messi é um caso à parte.
Sei que os argentinos não vão com a cara dele, e eles têm seus motivos. Messi, até aqui, mostrou muito mais futebol no Barça do que na seleção nacional. Nem em Rosário, sua cidade natal, ele é muito reconhecido. Um jornalista da ESPN foi para lá . Num dia em que o Barcelona estava em campo, ele foi a um bar de um parente de Messi. Na televisão não passava o jogo, e sim um programa de auditório argentino.
Mas, mesmo com a dívida que tem ainda para com seu país, e que eu imagino que vá ser paga em 2014 com o título mundial em pleno Brasil, Messi é espetacular. Fora tudo, ele tem uma virtude única: não se joga para cavar faltas e pênaltis. Há uma tese segundo a qual ele não se atira porque, se fizesse isso, ficaria sem a bola, que parece amar sobre todas as coisas. Bola ou qualquer coisa redonda. Um amigo dele de infância lembra que certa vez, em sua terra natal, Messi parecia acabrunhado na casa da família. Alguma coisa parecia lhe faltar. Subitamente, ele apanhou um limão num limoeiro e começou a controlá-lo como a uma bola. Pronto. Sua expressão exalava contentamento.
Infelizmente, para o futebol, Messi é um numa multidão de seres arrogantes, egoístas e detestáveis. Mas ainda assim: sendo um e apenas um, ele é tão grande que haverá de dar o tricampeonato mundial à Argentina. A não ser que Sobrenatural de Almeida – o Boss me falou sobre ele, a quem chamo carinhosamente de Supernatural Jones – intervenha.
Yours, sincerelly
Scott Moore
TRADUÇÃO DE ERIKA K. NAKAMURA
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