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sábado, 13 de outubro de 2012

DEMÓSTENES É AFASTADO E SOFRE PROCESSO DISCIPLINAR



Corregedoria do MP de Goiás se antecipa ao Conselho Nacional do Ministério Público ao investigar se houve violação de deveres funcionais em razão dos fatos investigados pela Operação Monte Carlo, que revelou ligações íntimas entre o ex-senador cassado e o contraventor Carlinhos Cachoeira. 

Goiás247 - A Corregedoria Geral do Ministério Público de Goiás abriu Processo Administrativo Disciplinar e afastou o ex-senador Demóstenes Torres da função de Procurador de Justiça. Sigiloso, o processo contra Demóstenes apura violação de deveres funcionais em razão dos fatos investigados pela Operação Monte Carlo, desencadeada pela Polícia Federal contra os esquemas ilegais do contraventor Carlinhos Cachoeira. O envolvimento de Demóstenes com o bicheiro levou à cassação do senador. Demóstenes fica suspenso até o fim do processo.
Com a decisão, a Corregedoria do MP de Goiás se antecipa ao procedimento encaminhado no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que pede o afastamento de Demóstenes do cargo. O órgão afirma que, quando Demóstenes retornou às funções de procurador, em julho, foi instaurado um processo para coletar informações que pudessem viabilizar a abertura de um processo administrativo disciplinar, efetivado apenas agora. Ele ficará afastado até o julgamento definitivo do processo.
Os pedidos de abertura de processo disciplinar e do afastamento de Demóstenes foram feitos ao Conselho Nacional por um grupo de 82 promotores de justiça, procuradores da República e procuradores do Trabalho com atuação em Goiás. O grupo se dizia constrangido com o retorno de Demóstenes ao cargo de procurador e, por isso, pediu que o CNMP instaurasse um processo disciplinar.
A abertura de procedimento contra Demóstenes no Conselho Nacional segue sem decisão, após duas mudanças de relatoria. Em 27 de agosto, o primeiro relator, conselheiro Fabiano Silveira, foi sorteado para relatar o caso mas alegou “razões de foro íntimo” e declinou da competência para analisar o pedido. Outro conselheiro, o promotor de Justiça goiano Tito Amaral, que é amigo e ex-companheiro de trabalho de Demóstenes, também já se declarou impedido para votar nas questões relacionadas ao amigo.

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