Uma das mulheres que acusa o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, de
delitos sexuais parece ter trabalhado com um grupo que tem conexões com a
Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos.
James D. Catlin, um advogado que representou recentemente Assange,
afirmou que a investigação por delito sexual contra o fundador do
WikiLeaks se baseia em afirmações de que não usou camisinha durante sua relações sexuais com duas mulheres suecas.
Fontes da Fiscalização sueca disseram a AOL News
na semana passada que Assange não era buscado por violação como se
informou, mas por algo chamado “sexo surpresa” ou “sexo inesperado”.
Uma das acusadoras, Anna Ardin, parece ter “vínculos com grupos
financiador pelos Estados Unidos contra Fidel Castro e por grupos
anticomunistas”, de acordo com uma investigação publicada por Israel Shamir e Paul Bennett no CounterPunch. Ardin, nascida em Cuba, trabalhou a favor das “Damas de Branco”, um grupo de mulheres que se opõem ao governo cubano.
Shamir e Bennett também descrevem Ardin como uma suposta “esquerdista” que “publicou diatribes anti-Castro (ver aqui e aqui) em língua sueca para a Revista Assinaturas Cubanas difundida por Miscelâneas de Cuba”. Disse o professor Michael Seltzer que o grupo está sendo dirigido por Carlos Alberto Montaner, um homem vinculado com a CIA.
Shamir e Bennet disseram que “As Damas de Branco recebem financiamento dos EUA e contam entre seus partidários com Luis Posada Carriles”.
Um documento desclassificado em 1976
revelou que Posada era então agente da CIA e seus advogados sustentaram
que manteve vínculos com a agência por 25 anos. Esteve vinculado a
ataques terroristas que mataram dezenas de pessoas.
Ardin “está vinculada a militantes pela igualdade de gênero na Universidade de Uppsula,
que optaram por se associar a esse grupo de mulheres cubanas financiado
pelos EUA e apoiado abertamente pelo terrorista e assassino de massas”,
observou Kirk James Murphy em Firedoglake.
Em agosto, Assange disse a Al Jazzeera
que as acusações eram “claramente uma campanha de desprestígio”. “Nos
advertiram que, por exemplo, o Pentágono está planejando usar truques
sujos para destruir nosso trabalho”, disse Assange ao diário sueco Aftonbladet.
O fundador do WikiLeaks disse que foi advertido de ter cuidado com “as
armadilhas do sexo”. Teria Assange caído em uma dessas armadilhas? –
Talvez sim. Talvez não.”, disse.
O advogado Catlin disse
que tanto Ardin como Sofía Wilén, a segunda acusadora, enviaram
mensagens SMS e tweets alardeando de suas conquistas depois da suposta
“violação”.
“No caso de Ardin, está claro que até fez uma festa em homenagem a
Assange em seu apartamento depois dele cometer o “delito” e ela
assegurou a seus seguidores no Twitter que ele era “uma das pessoas mais simpáticas e inteligentes do mundo, é incrível!”, escreveu.
(A mensagem em sueco original está apagada do Twitter da Anna Ardin,
entretanto foi publicado por um blogueiro sueco e pode se acessado no cachê dessa página, neste link – Nota de Cubadebate)
“O conteúdo exato dos textos do telefone móvel de Sofía Wilén não é
conhecido, entretanto, mas sua ostentação e o nervosismo da personagem
foram confirmados pela justiça sueca. Nem Wilén, nem Ardin se queixaram
de uma violação após manter relações com Julian”, disse Catlin.
Ardin também publicou um guia de sete passos sobre como se vingar de mentiras dos namorados. Quando as acusações foram apresentadas pela primeira vez em agosto, o diário digital Gawker colocou pela primeira vez a suspeita de que Ardin estava trabalhando para a CIA.
“Em todo caso, a opinião de Ardin tende a debilitar a teoria
conspirativa contra Assange, pois é uma acusadora muito vulnerável,
sendo como é uma figura de tendência esquerdista na Suécia,
frequentemente indiscreta em seu blog pessoal e uma entusiasta promotora
da visita de Assange ao país”, escreveu Gawker.
Raw StoryTraduzido do inglês para o espanhol por Cubadebate
Traduzido do espanhol para o português para o Diário Liberdade por Lucas Morais (@luckaz)
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