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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

CLIMA DE CUBA VEM AQUECENDO HÁ 18 MIL ANOS


DURANTE os últimos 18 mil anos, depois da ocorrência do Último Máximo Glacial, a temperatura média aumentou de forma natural, entre seis e oito graus Celsius, em zonas de montanha da região ocidental de Cuba, o qual demonstra uma clara tendência ao aquecimento gradual do clima, nessa zona de nosso arquipélago.

Tal hipótese faz parte dos resultados do estudo “Reconstrução Paleoclimática e Paleoambiental do Plistoceno Tardio-Holoceno para Cuba ocidental”, cujo autor principal é o professor Jesús M. Pajón, pesquisador do Museu Nacional de História Natural (MNHN), pertencente à Agência de Meio Ambiente, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente.


Para chegar a essa conclusão foi necessário estudar diversas estalagmites de grutas que fazem parte do sistema cavernoso Majaguas-Cantera, situado na serra de San Carlos, em Pinar del Rio.


Estas pesquisas contaram com o emprego de novos métodos analíticos de tecnologia moderna, mediante os quais foi possível realizar as datações isotópicas de Urânio/Tório e Carbono 14, além de avaliar os isótopos estáveis de oxigênio e carbono.

Segundo explicou o especialista, os trabalhos são desenvolvidos através de um projeto de colaboração com a Academia das Ciências de Heidelberg, na Alemanha, onde participam os professores Augusto Mangini, Cláudia Fensterer, Denis Scholz e Andrea Schroeder-Ritzrau.

As mencionadas formações de cavernas constituem uma espécie de arquivo natural, de muito valor nas indagações referentes às mudanças climáticas do passado, porque em seus anéis ou faixas de crescimento anual ficam registradas as modificações na composição ou atividade dos isótopos de oxigênio, que se produzem se esses eventos ocorreram.

Para a ciência é fundamental conhecer a evolução das temperaturas e outras variáveis nos diferentes períodos históricos da Terra, pois isso permite diferenciar com objetividade as mudanças produzidas pela variação natural e aquelas atribuídas à ação do homem, dados de suma utilidade na altura de desenhar modelos de previsões climáticas futuras mais fundamentados.

Alguns dos resultados destes estudos serão publicados, proximamente, nas revistas científicas de alto impacto The Holocene e Earth and Planetary Science.

Fonte: GRANMA
/Blog Solidários

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